quinta-feira, janeiro 17, 2013

A IMAGEM (The Image / The Punishment of Anne)



Segundo filme de Radley Metzger que vejo. O primeiro foi THE OPENING OF MISTY BEETHOVEN (1976), considerado o CIDADÃO KANE dos filmes pornôs. Assim, quando vi A IMAGEM (1975) na rede, com legendas em português, não pensei duas vezes em baixá-lo. É um filme que investe menos na pornografia gráfica, embora tenha cenas de felação explícitas. Se não fosse por isso, daria para considerá-lo um softcore. A IMAGEM (que também foi lançado lá fora em DVD com o título THE PUNISHMENT OF ANNE) fica numa espécie de meio caminho, mas transita por veredas perigosas, como as do sadomasoquismo.

O filme é puro fetiche. E muito bem conduzido. A narração em voice-over, que vai diminuindo ao longo do filme, ajuda a torná-lo tão saboroso quanto uma boa literatura erótica. Também tem algo de sombrio, com uma trilha sonora que pontua muito bem os momentos mais pesados ou misteriosos. Isso porque no começo, quando Jean, o personagem de Carl Parker, conhece numa festa a jovem Anne (Mary Mendum), fica logo encantado com tal beleza. E Jean fica sabendo que Anne não apenas é amiga de sua amiga Claire (Marilyn Roberts), mas é uma espécie de escrava sexual dela.

No primeiro momento erótico do filme, os três passeiam por um jardim público e Claire quer mostrar o seu poder sobre Anne. Mostra o quanto ela se excita facilmente - enquanto os dois conversam, Anne está penetrando os dedos nas pétalas de uma rosa, obviamente pensando em sexo, ou fazendo Jean imaginar coisas. Claire pede para que ela traga uma rosa, não importando se os espinhos irão machucá-la. A rosa será colocada em local estratégico. Claire pede que Anne levante a saia, mostrando que ela está sem calcinha e com uma bela e suave penugem. A rosa seria colocada naquele local, amarradada na cinta-liga de Anne, fazendo atrito em seu clitoris enquanto ela anda.

A imagem da rosa e da suave genitália de Anne lado a lado são como uma linda pintura que mexe tanto com nossos instintos primitivos quanto com nosso lado apreciador de arte. O filme vai num crescendo no que se refere às cenas mais fortes. Como esquecer da cena em que Anne mija na frente de Jean, no parque? Ou do momento em que vemos pela primeira vez ela recebendo umas chicotadas, enquanto faz sexo oral em Jean e é acariciada pela sádica Claire?

A IMAGEM até chega a ficar um pouco incômodo em certo momento, no que se refere à violência infligida em Anne, mas no saldo geral é um dos filmes com maior voltagem erótica que eu já vi, tendo a vantagem de ter uma narrativa que desperta sempre o interesse do espectador. Até fiquei interessado em ver outros filmes estrelados pela linda Mary Mendum e vi que ela fez CONFESSIONS OF A YOUNG AMERICAN HOUSEWIFE e LAURA'S TOYS, de outro diretor afeito ao erotismo, Joseph W. Sarno. Pena que não encontro legenda para os filmes dele.

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