terça-feira, julho 03, 2012

A ERA DO GELO 4 (Ice Age: Continental Drift)



O primeiro A ERA DO GELO (2002) foi bombástico, mostrando que nem só de Pixar e Dreamworks se fazia animação por computador de qualidade. Aliás, o longa que apresentou o tigre dentes-de-sabre Diego, o mamute Manny e o bicho-preguiça Sid mostrou-se até superior às animações da empresa de animação de Spielberg e cia., de tão simpático que era. E assim também foi conquistando o público pagante a cada novo filme, rendendo mais e mais nas bilheterias. Se A ERA DO GELO 4 (2012) conseguirá ultrapassar os números do anterior, ainda não se sabe, mas ouso dizer que muito da graça da cinessérie parece ter se esvaído. Ou derretido, se comparado com o gelo.

Até é possível dizer que a melhor coisa de se ver A ERA DO GELO 4 no cinema é poder assistir o gracioso curta THE SIMPSONS: THE LONGEST DAYCARE, que mostra a pequena Maggie sendo deixada pela primeira vez numa creche. Dizer mais estraga um pouco da graça do já pequeno curta. Não deixa de ser uma sorte a Fox ter entre seus maiores sucessos o longevo desenho dos Simpsons.

Quanto ao quarto A ERA DO GELO, talvez o longa tenha sofrido a ausência de Carlos Saldanha, que esteve presente nos três primeiros filmes como diretor, mas que não pôde estar neste por causa da produção de RIO (2011), que aliás já está com continuação confirmada para 2014, tendo a Copa do Mundo como tema. Saldanha pelo visto é também um sábio homem de negócios.

Na trama de A ERA DO GELO 4, o solitário esquilo Scrat, em sua eterna busca por nozes, acaba indo parar no centro do planeta, causando uma rachadura imensa que formará os continentes como os conhecemos hoje. Isso acaba por separar os três amigos de seus agregados, personagens que haviam surgido nos filmes anteriores. Na separação, eles ficam à deriva num pequeno iceberg, e acabam encontrando pelo caminho um perverso orogantago pirata, o Capitão Entranha. 

Embora o filme tenha seus momentos divertidos, graças principalmente às presepadas de Sid e de sua avó, que lhe é entregue "espontaneamente" por sua família para que ele cuide dela, a busca por efeitos visuais que pudessem ser explorados no 3D fez do filme um mero passatempo estilo montanha-russa light, com seus personagens à deriva não apenas no pedaço de gelo em que se encontram, mas também à deriva no sentido de que parece não ter havido um esforço para se criar uma boa história.