domingo, novembro 13, 2011

REFÉNS (Trespass)



Joel Schumacher parece que não tem jeito mesmo. E olha que ele até que tem alguns filmes interessantes no currículo, principalmente na década de 1980. Mas o nome do diretor ficou associado ao fiasco de BATMAN & ROBIN (1997) e às inúmeras outras obras ruins que ele dirigiu. REFÉNS (2011) guarda semelhanças com outro filme do diretor que se passa quase que totalmente em um único ambiente, POR UM FIO (2002), que é um de seus trabalhos mais respeitados pela crítica.

REFÉNS traz Nicolas Cage, parceiro do diretor em 8 MM (1999), no papel de um executivo que mora numa mansão, é casado com uma senhora bonita (Nicole Kidman) e tem uma bela filha adolescente (Liana Liberato). Sua rotina muda quando sua casa é invadida por um grupo de ladrões que planejam pegar a fortuna escondida no cofre e ele, para surpresa da esposa, oferece resistência aos bandidos.

O filme até começa bem, mas é impressionante como toda a suposta tensão vai se banalizando e se tornando monótona. Com uma história dessas, um diretor decente faria um filme de deixar o sangue do espectador intoxicado, diante de tal situação. Em vez disso, o roteiro, à medida que vai revelando detalhes acerca dos personagens, vai se mostrando cada vez mais frágil e fazendo com que o espectador se importe cada vez menos com eles. E isso é o pior que se poderia querer de um filme como esse: uma total falta de envolvimento entre espectador e personagens.

E REFÉNS ajuda a aumentar a espécie de maldição que ronda Nicolas Cage, que parece fazer um filme bom para cada quatro ruins. Se bem que levando em consideração a quantidade de trabalhos que ele pega por ano – na média de quatro -, até que isso pode ser considerado normal. O que falta ao astro talvez seja um maior crivo na escolha dos projetos, mas como ele já provou que não está nem aí pra isso, e prefere ser levado pelos ventos do acaso, boa sorte pra ele.

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