sábado, abril 23, 2011

SOBRENATURAL (Insidious)



Surge a primeira boa surpresa de 2011 no circuito brasileiro. E ela partiu do homem por trás do primeiro JOGOS MORTAIS (2004), James Wan. O diretor trabalha com maestria os clichês de filmes de casas assombradas e cria uma obra realmente assustadora, coisa que não se vê no cinema contemporâneo há muito tempo. Quem vê só o trailer ou a sinopse de SOBRENATURAL (2010) não tem ideia do quanto o filme evolui.

Na trama, um dos garotos, filho do casal vivido por Patrick Wilson e Rose Byrne, não acorda de um sono. Os médicos não vêem aquilo como um estado de coma, de acordo com os testes, e três meses depois o corpo inerte do garoto permanece deitado na cama da residência do casal. Os médicos haviam desistido do caso. Em meio a esse cenário extremamente triste para uma família, não tinha como ficar pior, certo? Errado. Sempre pode ficar pior. E a família passa a ser assombrada por situações crescentemente perturbadoras.

Em certo momento, o filme tem um quê de POLTERGEIST, de Tobe Hooper e Steven Spielberg, mas toma o seu próprio e original rumo. Wan toma controle da situação e do timing dos momentos de susto, que pegam a audiência de surpresa inúmeras vezes. SOBRENATURAL é certeza de arrepios e perturbação durante a sua duração. Barbara Hershey, em sua participação pequena, mas importante, é a nossa Bette Davis, a atriz que foi famosa por sua beleza e sensualidade no passado e que tem se firmado como uma dama dos filmes de terror na fase madura, vide o seu papel em CISNE NEGRO. Quanto aos elementos fantasmagóricos/demoníacos do filme, impressionante como James Wan tangencia o sutil e o exagerado com habilidade.

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