quarta-feira, junho 20, 2007

PREMONIÇÕES (Premonition)



Quando vejo o nome de um cineasta novo, vindo da Europa ou da Ásia, e que esteja trabalhando pela primeira vez em Hollywood, fico logo curioso pra saber que filme ele fez no seu país de origem para ser convidado para trabalhar nos Estados Unidos. É o caso do alemão de nome esquisito Mennan Yapo, que estreou em Hollywood com o terror PREMONIÇÕES (2007), estrelado por Sandra Bullock. No caso de Yapo, o filme que foi o cartão de visitas para ele chegar em Hollywood foi o suspense LAUTLOS (2004) - inédito no Brasil, acredito eu.

Desde que entrou em cartaz no Brasil, PREMONIÇÕES tem sido quase uma unanimidade em se tratando de críticas negativas e por isso não havia me animado muito para assistir. Porém, como ontem eu estava com tempo livre à noite e com vontade de ir a um cinema próximo da minha casa para voltar caminhando e chacoalhando o meu baú de sonhos e de memórias, resolvi encarar o dito cujo. Até porque eu tenho mania de gostar de filmes de terror que todo mundo odeia.

Felizmente PREMONIÇÕES é um filme envolvente. Na trama, Sandra Bullock fica sabendo que seu marido (Julian McMahon, de NIP/TUCK) morreu num acidente na estrada. Ela fica profundamente triste e perturbada e vai dormir. No dia seguinte, quando acorda, o seu marido está vivo, tomando café, como se nada tivesse acontecido. Ela tinha certeza de que o que viveu no dia anterior não fora apenas um sonho e assim ela começa a questionar a própria sanidade.

Apesar de às vezes ficar a impressão de certo desleixo narrativo, o filme tem vários momentos arrepiantes, como aquele em que ela e o marido são surpreendidos por um raio, numa noite de chuva; ou quando ela vê o rosto de sua filha marcado com cicatrizes; ou quando ela é enviada para um hospício; ou perto do final, na cena da estrada, quando ela fala com o marido ao celular. De alguma maneira, o filme me impressionou, pois coloquei-me um pouco no lugar da protagonista e até saí do cinema um pouco confuso com a realidade. E o dia de ontem passou tão rápido que eu tive a impressão de estar vivendo um sonho, enquanto caminhava até minha casa.

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