SOLARIS (Solyaris)
Ontem terminei de ver SOLARIS, de Andrei Tarkovsky. O original de 1972. Eu tinha gostado da versão do Soderbergh (2002), mas o filme do Tarkovsky é de uma beleza espantosa. Pra começar, as primeiras imagens já deixam a gente impressionado. A fita que eu assisti foi gravada pelo chapa Fab Rib do DVD da Criterion Collection. Chique, né? Se na fita, a imagem já estava tão bonita, no DVD, então, deve estar magnífica. Mas lugar bom mesmo pra ver o filme deve ser no cinema. Não só por ele estar em scope, mas por causa dos silêncios, do andamento lento. "Esculpir o tempo" é o termo utilizado sempre que se fala do cinema de Tarkovsky. A trama do filme é mais ou menos assim: psicólogo terrestre, vivendo no planeta Solaris, é chamado para ir a uma estação espacial na órbita do planeta. Alguma coisa estranha estava acontecendo. Ao chegar lá ele se depara com a figura de sua mulher, morta há 10 anos. No filme, o diretor não tem pressa, quer passar uma certa contemplação, como que preparando o espectador para os questionamentos filosóficos que virão no final do filme. Esses questionamentos dão um ar de melancolia, mais do que suscitam dúvidas a respeito do sentido da vida. Uma coisa que eu não entendi foi a inserção de seqüências em preto e branco. Qual seria o critério do preto e branco? Também achei a primeira meia-hora um pouco confusa, mas nada como rever para tirar as dúvidas. Acho que deve-se também ao fato de eu estar apreciando muito a imagem e não estar dando a devida atenção à trama. De qualquer maneira, curti essas noites silenciosas assistindo ao filme e apreciando cinema de primeira qualidade. Agora é tentar ver mais filmes do diretor: O SACRIFÍCIO, O ESPELHO, ANDREI RUBLEV, NOSTALGIA, STALKER...
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