quinta-feira, junho 28, 2007

TREZE HOMENS E UM NOVO SEGREDO (Ocean's Thirteen)



Não sei porque eu não vejo muita graça nesses filmes de assalto sem armas do Steven Soderbergh. Quer dizer, eu até acho divertido no começo, reconheço o charme dos heróis e tal, mas depois começo a achar um pouco chato. O que eu havia gostado mais no anterior, DOZE HOMENS E OUTRO SEGREDO (2005), era da participação de Catherine Zeta-Jones e do seu romance com Brad Pitt. Era no momento que os dois estavam juntos que Soderbergh exercitava mais seu lado mais emocional e sua vontade de experimentar e de brincar com os filtros.

No terceiro (e último?) filme da série, TREZE HOMENS E UM NOVO SEGREDO (2007), o que movimenta a ação é a vingança e a amizade. Julia Roberts e Zeta-Jones não aparecem, ainda que sejam sutilmente citadas pelos personagens de George Clooney e Brad Pitt. O "vilão" da trama deixa de ser Andy Garcia (que aparece bem menos do que eu esperava) para dar lugar a Al Pacino, dono de um outro cassino em Las Vegas. Por causa do personagem de Pacino, de sua traição, Reuben (Elliot Gould) passa mal e vai parar no hospital. Assim, Ocean (Clooney) e seus amigos resolvem partir para a desforra e bolar um jeito de levar Pacino à falência, logo no dia da inauguração do cassino. Outra novidade nesse terceiro filme é a participação de Ellen Barkin, como assessora direta de Pacino e uma mulher que adora homens mais jovens.

Por falar nisso, o personagem de Matt Damon é bem esquisito, hein. É um sujeito que parece ter problemas com sexo e que ainda guarda forte vínculo com os pais. Ainda assim, ele topa seduzir Barkin para conseguir os diamantes. Acho que faltou ao filme um grande momento, uma cena que se destacasse das demais. Talvez a cena do Garcia no programa da Oprah vá ficar mais tempo na memória, mas o que eu devo guardar mais na memória seja o visual setentista, as cores fortes, onde se destaca o vermelho berrante, como se o filme tivesse sido produzido no antigo technicolor. Isso dá a TREZE HOMENS E UM NOVO SEGREDO um aspecto retrô, um pé nos anos 70. A trilha sonora também contribui para esse clima de viagem no tempo. Inclusive, os heróis também parecem pertencer ao século XX, já que eles não têm intimidade com as novidades da era digital.

Ao final, fica a mesma sensação dos dois primeiros filmes, isto é, a impressão de que o que a gente viu teve a mesma importância de um churrasco entre amigos. Fica também a impressão de que o entrosamento entre a turma aumentou, até porque a amizade é um dos eixos principais do filme. E falando em amigos, O SEGREDO DE BERLIM (2006), o filme anterior de Soderberg, estrelado pelo parceiro George Clooney, não vai mais passar nos cinemas, indo direto para DVD. Como será que ficou o resultado?

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