terça-feira, novembro 12, 2013
MEU PASSADO ME CONDENA – O FILME
Gosto do Fábio Porchat. Aprendi a gostar com os vídeos do Porta dos Fundos e com o sucesso de seu roteiro e seu timing para comédia, especialmente em VAI QUE DÁ CERTO. Infelizmente não é sempre ele que está por trás dos roteiros e acaba entrando em alguma roubada. Ainda assim, estar em três comédias lucrativas no mesmo ano não é pra qualquer um. Podem até falar mal dos filmes, e O CONCURSO merece mesmo algumas pedradas, ainda que seja quase inofensivo, mas o fato é que o jovem comediante está cada vez mais popular. E é preciso ter carisma pra isso.
MEU PASSADO ME CONDENA – O FILME (2013) é uma grande bobagem. Mas uma vez que já se sabe disso, o que dá pra perceber é justamente o quanto o ator consegue fazer dessa bobagem algo quase sempre bem divertido. Há um fiapo de história e, tirando a Miá Mello, a moça que faz a sua noiva, até os demais coadjuvantes são bem ruins, embora funcionem para o andamento da trama.
A boa química de Porchat com Miá claramente já se sabe de onde veio: da série que deu origem ao filme. É mais um caso curioso de série de canal fechado que gera filme que explode nas bilheterias num mesmo ano. Funcionou com MINHA MÃE É UMA PEÇA. E agora funcionou também com MEU PASSADO ME CONDENA. Talvez o sucesso do filme do cara travestido de mãe chata seja até mais surpreendente, pois o ator nem era tão famoso. Mas Porchat é. E por isso não chega a ser tanta surpresa assim que MEU PASSADO ME CONDENA tenha gerado a segunda melhor estreia de um filme brasileiro em 2013, perdendo apenas para SOMOS TÃO JOVENS.
A trama de MEU PASSADO ME CONDENA – O FILME até lembra a de algumas comédias hollywoodianas tradicionais: Fábio e Miá (eles usam os próprios nomes no filme) formam um casal que vai para uma lua de mel em um cruzeiro de luxo quando descobrem que o ex-namorado da moça está lá e é um cara bem-sucedido; e que a moça por quem Fábio era apaixonado na infância é namorada do tal sujeito. A partir daí é só brincar com as possibilidades e com as confusões desse quadrado amoroso.
O que acaba deixando o filme ainda mais bobo é sua tentativa de ser uma comédia romântica. Mas ainda assim a diretora Julia Rezende até que não deixa tudo virar um pote de água com açúcar. No fim de tudo, trata-se de apenas mais um filminho descartável para rir durante a sessão e depois esquecer. Não é muito animador saber que é esse tipo de filme que comanda as bilheterias atualmente no Brasil, mas também não sou eu quem vai jogar as pedras. Até porque vem filme com a turma do Porta dos Fundos por aí e eu torço para que dê certo.
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