segunda-feira, junho 13, 2011

GIGANTIC



Engraçado como a gente encara filmes que todo mundo já avisa que são fracos apenas para ver aquele rosto maravilhoso. Aliás, Zooey Deschanel tem mais do que um rosto lindo e um jeito encantador. Ela tem uma aura especial, que não dá para explicar direito em palavras, a não ser que você seja um poeta. E dos bons. A primeira vez que a vi foi num filme de David Gordon Green de 2003, que aqui no Brasil se chamou PROVA DE AMOR. É um filme belíssimo e que eu tenho vontade de rever, tanto por ser do Green quanto por ter a Zooey. Hoje em dia, agora que também é cantora de um duo muito legal chamado She and Him, ela ganhou mais fama e é mais do que apenas uma queridinha dos indies. E se tornará ainda mais popular com a sitcom THE NEW GIRL, que, se depender do amor dos fãs, vai ser um sucesso. Veremos.

GIGANTIC (2008), se não fosse por ela, nem valeria a espiada. E acho que Paul Dano, mesmo depois de sua ótima performance em SANGUE NEGRO, ainda não arrebanhou um bom número de fãs. GIGANTIC é mais um desses filmes indies que mostram pessoas deprimidas ou apáticas em situações pouco convencionais. Nada contra esse modelo, mas não precisava se tornar uma caricatura de si mesmo. Não duvido que Wes Anderson, que segue essa linha às últimas consequências, tenha entrado nisso para tirar sarro.

Na trama, Paul Dano é um cara de 29 anos que desde criança tem o sonho de adotar uma criança chinesa. E continua solteiro, mas com essa intenção de conseguir legalmente a adoção. E tem que ser chinesa, hein. É esquisito, não é? Aí ele conhece a gatíssima filha de um milionário (John Goodman). A gatíssima em questão é a Zooey - não precisa dizer, certo? E rola um clima entre os dois, embora o filme tente o tempo todo não mostrar os momentos mais íntimos do casal, o que é um saco. A relação entre os dois começa de forma bem estranha e rápida: ela pergunta, sem muita cerimônia, se ele transaria com ela. Quem em sã consciência diria não?

O problema é que o personagem de Dano nem é suficientemente bom para que queiramos nos identificar com ele. O sujeito está sempre com cara de quem comeu e não gostou. Mesmo depois de ter transado com uma moça como aquela. Zooey ajuda a salvar um pouco o filme. Gosto da sequência em que ela liga para a mãe e não consegue encontrar palavras para se comunicar com ela. Bela cena. Aliás, a falta ou dificuldade de comunicação é uma dominante. Quanto ao título, pode ser apenas uma piada sem graça. Mas também pode ser uma homenagem ao meu (ou ao nosso) amor por Zooey Deschanel. "A big, big love", como cantavam os Pixies.

Nenhum comentário: