sexta-feira, julho 28, 2023

VIAGEM A ICARAÍ DE AMONTADA, BELO HORIZONTE E SÃO PAULO



Icaraí de Amontada, quarta a sexta-feira, 12 a 14 de julho

As viagens fazem um bem imenso ao nosso espírito. Nos três anos anteriores eu não viajei nas férias e senti muita falta. Neste mês, a temporada de viagens começou com um destino por aqui mesmo, no meu estado do Ceará, um verdadeiro paraíso na Terra chamado Icaraí de Amontada. Passei três dias e duas noites com minha namorada, Giselle, uma pessoa que, se não foi mencionada nominalmente em postagens mais antigas do blog, certamente foi mencionada de outra maneira, diversas vezes, até.

Já é a terceira viagem que faço com ela desde nosso retorno (a gente havia namorado no período de 1999-2001) e cada viagem com ela é melhor que a anterior. Uma alegria imensa estar a seu lado e, como ela tem espírito aventureiro, escolher, por exemplo, uma pousada ao mesmo tempo rústica e delicada (Chill Kite), localizada num terreno cheio de pequenos morrinhos em ruas apertadas, é algo que eu não faria sozinho, mas adorei ter feito e me sentido tão bem em todos os dias e em todos os lugares em que estivemos. Teve passeio à noite na praia, refeições saborosas, passeio de buggy e passeio de barco no túnel do amor, o manguezal mais bonito do mundo, no Rio Aracatiaçu. Bom demais!

Belo Horizonte

Terça-feira, 18 de julho

Belo Horizonte era uma cidade que até então eu não havia tido o prazer de visitar. Graças à querida Andrea Ormond (blog Estranho Encontro), fui convidado a mediar um debate com o diretor de CANASTRA SUJA, Caio Sóh, um dos filmes presentes na Mostra Curta Circuito (além de escrever um ensaio sobre o filme para o catálogo). O tema da Curta Circuito deste ano foi “Amores Brasileiros” e o trabalho dos organizadores é feito com tanto carinho que não tem como não ficar ótimo – Daniela Fernandes é genial, como pude ver no cuidado e na originalidade em vários catálogos de mostras passadas que ela me presenteou.

O diretor do filme não pôde ir na noite da exibição, e o querido amigo Renato Silveira (Cinematório, podcast da Abraccine) ficou comigo no debate após a sessão no Cine Humberto Mauro, um espaço muito gostoso, com excelente projeção. O debate transcorreu em paz, apesar do meu nervosismo e das questões problemáticas que o filme acabou atraindo e suscitando um pouco de polêmica. O ruim do nervosismo é que ele atropelou falas que eu poderia ter dito, mas ao mesmo tempo pode ter contribuído para uma maior espontaneidade.

Fico muito feliz e grato pela recepção calorosa de Daniela, a diretora da mostra, e de Cláudio Constantino, o produtor executivo. Tive o prazer de almoçar com eles e de conversar sobre cinema, políticas culturais e histórias da mostra. À noite, antes do filme começar, tive a honra de encontrar pessoalmente Adilson Marcelino (site Mulheres do Cinema Brasileiro), um dos amigos que há mais tempo conheço, desde a época do boom dos blogs de cinema, na primeira metade dos anos 2000, o momento que mais fiz amigos pelo Brasil. Adilson esteve em praticamente todas as sessões da mostra, desde maio.

Antes da sessão do filme, entrei na tenda de uma cartomante (faz parte das atrações do evento deste ano), conheci Kel Gomes, crítica do Cinematório, junto com Renato Silveira, seu marido. E Kel é uma simpatia. Após o final da sessão e do debate, fomos (Daniela, Cláudio, Adilson, Renato, Kel e eu) jantar e conversar mais sobre cinema e questões sociais que o filme acabou trazendo.



Quarta-feira, 19 de julho


No dia seguinte, fui aproveitar meu tempo em Minas para conhecer o maior museu de arte em céu aberto do mundo, num espaço natural deslumbrante. Tinha ouvido falar de Inhotim (localizado em Brumadinho-MG) pela primeira vez através da Fernanda Takai, que gravou o show da turnê de Na Medida do Impossível nesse espaço. O lugar é tão imenso e tão deslumbrante do ponto de vista da natureza, que até as excelentes obras de arte espalhadas por vários espaços ficam pequenas diante das belezas naturais. É um lugar que requer muita caminhada pelas trilhas, mas isso faz parte da graça do passeio. Ao fim do dia, meu encontro com Paulo Henrique da Silva (jornal O Tempo) acabou não dando certo, mas eu estava tão cansado do passeio em Inhotim, que acabei indo dormir mais cedo mesmo.

São Paulo

Quinta-feira, 20 de julho

Já ansiava por um retorno a São Paulo há um tempinho. Havia ido pela última vez em julho de 2019. Quatro anos longe da cidade que mais gosto é muito tempo. A ida a BH programada em data já especificada tornou a escolha da data em Sampa mais fácil. Foi uma viagem um pouco mais rápida, mas acredito que foi na medida para encontrar amigos queridos, visitar espaços já conhecidos e outros novos, ver filmes nos cinemas de lá, andar pela Paulista, virar formiguinha no metrô etc.

Fiquei hospedado na casa do amigo Chico Fireman (Filmes do Chico, podcast Cinema na Varanda) pela segunda vez. A primeira foi em 2016, quando estive em Sampa por ocasião do casamento de Michel Simões e Cris Lumi. A localização da casa dele é ótima, pois fica bem em frente à estação de metrô Santa Cecília, facilitando e muito meu deslocamento para diversos lugares da cidade. A sensação de sair de casa naquele frio, rumo a um novo dia na maior metrópole do Brasil, não tem preço.

Uma das coisas que havia combinado com alguma antecedência era a sessão de OPPENHEIMER, com Michel e Cris, na sala IMAX do Cinépolis Iguatemi JK. Eu diria que é a maior e melhor sala a que eu já fui, com todas os assentos pensados para proporcionar conforto para os espectadores, além de excelente qualidade de imagem e som. Depois do filme, que entrou na coluna dos títulos de Christopher Nolan que me agradaram, fomos jantar num restaurante árabe muito bacana no shopping, o Almanara. Michel e Cris ainda foram para a sessão de BARBIE, às 11 da noite, mas eu voltei para casa – quis ver o filme de Greta Gerwig depois, com o corpo mais descansado.

Sexta-feira, 21 de julho

O que havia programado na noite de sexta-feira era um encontro com uma turma de amigos queridos que faço questão de sempre ver nas minhas idas a Sampa. Como eles costumam dizer, eles raramente combinam de se encontrar e acabo tendo a função de agregador desses reencontros memoráveis. Infelizmente, Laura Cánepa e Leandro Caraça não puderam comparecer, por motivos de força maior. Minha amiga Erika Bataglia também foi acometida por uma forte gripe e teve que desmarcar a ida.

Mas antes do encontro à noite, fui passear pela Paulista e saí para ver BARBIE na primeira sessão disponível. É incrível o trabalho de marketing desse filme, feito pela Warner, mas também pelas próprias pessoas nas redes sociais e nas ruas. Eu sinceramente, nunca vi nada igual. Nem na época de BATMAN ou de TITANIC, eu diria, em termos de exposição nas mídias, de divulgação boca a boca e nas próprias vestimentas. No caminho para o cinema, por exemplo, um dos carros do metrô da linha amarela estava rodeado de propaganda do filme, com muita gente pedindo espaço para tirar fotos com o metrô em movimento.

Felizmente, a sala onde vi o filme, no Reserva Cultural, foi uma das poucas que não lotou, e pude comprar ingresso com tranquilidade, apesar de achar que a projeção poderia fazer mais jus à qualidade da fotografia. Ainda assim, foi uma obra que me encantou em muitos aspectos, e ainda quero parar para escrever sobre o filme mais atentamente, aqui para o blog. Até agora não tive tempo, nem energia para tal. Após o filme, acabei comprando, na livraria do Reserva, o box em BluRay Carpenter Essencial (contendo os filmes O ENIGMA DE OUTRO MUNDO, A BRUMA ASSASSINA e CHRISTINE, O CARRO ASSASSINO), que está fora de catálogo e esgotado no site da Versátil e na Amazon. Comprei mais caro, claro, mas no dia seguinte acabei vendo numa banca por um preço bem maior.

Depois de almoçar lá pela Paulista mesmo, fui dar uma passada numa loja de CDs da Rua Augusta. Imagino que lá é um dos poucos espaços vivos de venda de CDs e DVDs no Brasil, a Augusta Discos. Tinha a missão de buscar um disco do Nick Cave para meu amigo Walker Jr. (e só encontrei um, o Let Love In). Alguns discos são muitos caros, especialmente os importados, e dos quatro que peguei pra mim, acabei levando apenas dois, o MTV Unplugged in New York, do Nirvana, que me haviam roubado, e o Elephant, dos White Stripes. Se tivesse mais tempo disponível, certamente sairia de lá com mais coisas, mas tinha um encontro marcado com uma turma bacana.

Marcelo V. e Ana Paul confirmaram o encontro no bar Esquina Grill do Fuad, ali pertinho de onde eu estava hospedado também. Cheguei lá e os dois lá estavam. Marcelo e Ana são pessoas especiais para mim. Sempre que vou a São Paulo, faço questão de vê-los pelo menos uma vez. Quanto ao bar, o problema era que o espaço estava com música ao vivo alta, mal dando para ouvir a nossa voz. Então, ficamos aguardando os demais chegarem para procurarmos outro bar mais calmo, ou pelo menos calmo o suficiente para que nos ouvíssemos. O querido Gabriel Carneiro, cineasta, romancista e crítico de cinema, também chega para trazer mais alegria ao encontro.

Em seguida, chegam Edu Fernandes (VIUU) e Gustavo Cavinato. O Edu, eu conheci melhor quando estive em dezembro do ano passado no Fest Aruanda, em João Pessoa. Tivemos a oportunidade de conversar bastante e de encontrarmos muitos pontos em comum em nossa maneira de ver a vida. Já o Gustavo, eu o conheci na época que entrei na lista Cannibal Holocaust, em 2001, e o vi pela última vez, pessoalmente, no aniversário do Thomaz Albornoz, lá em 2007. Já fazia um bom tempo. Chegam Michel e Cris, os últimos que faltavam da turma. De lá fomos para um bar que o Edu conhecia, vizinho à sua casa, o Lola Bar, na Barra Funda, um espaço muito bacana, aconchegante e com música boa.

Acho que eu ainda estava um pouco atordoado pela rapidez de ambientações (de Minas para São Paulo em pouco tempo), mas foi uma alegria poder estar novamente perto de gente que aprecio. Quem estava tomando umas cervejas, em determinado momento, já estava mais alegre (que injustiça, pois minha cerveja era sem álcool) e até capturei um registro muito feliz da minha aquisição do livro de Gabriel Carneiro, o romance de ficção científica Olhando para as Estrelas Só Vejo o Passado (foto by Marcelo). Na volta para casa, Marcelo e Ana voltaram a pé comigo pela noite não tão escura daquele espaço de São Paulo que infelizmente é um retrato de um país cheio de desigualdade. Enquanto muitos vivem no luxo e na riqueza, muitos estão nas ruas, sem dignidade.



Sábado, 22 de julho

No dia seguinte, havia confirmado almoço com uma turma legal, membros de um grupo da internet que participo desde 2020. Nem todo mundo do grupo estava lá, mas as pessoas que mais estavam dispostas a ir, e que fizeram acontecer o encontro, Alysson Oliveira (CineWeb, Carta Capital) e Márcia Schmidt, me receberam com tanto carinho que quero ser amigo deles para sempre. Juntou-se a nós o Chico, que havia ficado enrolado no apartamento com a gravação do Cinema na Varanda. O restaurante é o vietnamita Bia Hoi SP, que fica pertinho de onde fiquei hospedado. Adorei! Consegui chegar lá a pé, em menos de 15 minutos, o que me agradou muito, apesar da tristeza de ver São Paulo tão cheia de moradores de rua. Os efeitos da pandemia e das políticas atuais do governo do estado e da prefeitura para essas pessoas que perderam tudo foram devastadores.  Ganhei do Alysson um box do filme A MELHOR JUVENTUDE, de Marco Tullio Giordana, e da Márcia, um cartão postal lindíssimo do Utogawa Hiroshige. 

Após o almoço, fomos procurar lojas de doces e cafés. Acabamos “alugando” um café (eu comprei um bolo de fubá numa lojinha vizinha) para falarmos com muito prazer e alegria sobre o nosso assunto favorito, o cinema. E sobre o futuro do cinema, sobre a nova geração de realizadores que seguirão a difícil tarefa de ser tão bons quanto seus antecessores, sobre a possibilidade de não termos mais ninguém tão genial quanto os mestres do século XX.

Depois do café e de muita conversa, demos um passeio pela área do Centro, indo parar na Galeria do Rock, um espaço que preciso voltar e ver com calma noutras vezes. Ao menos pude comprar duas camisetas com estampas de bandas que adoro, Smashing Pumpkins e Portishead. Engraçado que a Márcia já sabia que as lojas de camisetas eram divididas em tribos, e perguntou se eu gostava mais de metal, falei que gostava mais de banda indie. Aí já ficou mais fácil direcionar.

Depois de nos despedirmos, fui no caminho da Avenida Paulista. Na falta de outros títulos mais interessantes, ou inéditos, ou que não estivessem em cartaz em Fortaleza, optei por O CRIME É MEU, o novo trabalho de François Ozon. Até porque eu acho aquele espaço ali da Paulista tão central e tão familiar que me sinto mais tranquilo, embora eu ache que as projeções de lá merecem uma boa manutenção. Não estava tão boa assim a projeção do Ozon, hein. Esse pessoal que mantém os cinemas mais alternativos precisa perceber a importância que tem e o fato de que lida com um público mais exigente que o dos cinemas de shopping. Isso vale para o Reserva, mas o caso do Belas Artes é ainda mais gritante. Falo isso como alguém que pretende voltar a esses dois espaços na próxima ida a São Paulo. Depois do filme, fui jantar num shopping lá na Paulista.

Domingo, 23 de julho

Para o domingo, eu havia combinado com o Michel de irmos à peça Misery, baseada no romance de Stephen King, e estrelada por Mel Lisboa e Marcello Airoldi. Antes disso, porém, fui ao Petra Belas Artes para ver um filme. CAPITU E O CAPÍTULO, de Júlio Bressane, estava passando em algumas sessões de pré-estreia. Como o filme é curtinho, cabia na programação. Saí do cinema louco para, não apenas reler Dom Casmurro, como também me esbaldar em mais cultura, em mais literatura, em mais arte, o que requer mais estudo e tempo livre. Infelizmente essa realidade está cada vez mais distante, seja pelo trabalho que nos consome tempo e energia, sejam pelas redes sociais e o celular, que nos tiram o foco. Ah, e na saída do cinema acabei encontrando na Paulista o Francisco Carbone (Cenas de Cinema). Um encontro inesperado e muito legal.

Depois do Bressane, fui tomar um café, escrevi um textinho básico sobre o filme e fui encontrar o Michel no Teatro Tuca, um espaço que não conhecia. Trata-se de um teatro grande. O grande chamariz da peça pra mim foi Mel Lisboa, de quem sou admirador desde o começo do novo século, sem falar que ela teve uma função importante durante o primeiro ano da pandemia pra mim, com o projeto de leitura de grandes contos da literatura brasileira. Outro atrativo do filme é a própria trama, mais conhecida pela adaptação cinematográfica de Rob Reiner, LOUCA OBSESSÃO, que rendeu um Oscar a Kathy Bates. Inclusive, no pôster de divulgação lá no teatro havia foto de Bates e de James Caan, para, provavelmente, lembrar ao público que é aquela história marcante de cativeiro que será contada.

Na trama, um escritor de sucesso popular sofre um acidente de automóvel e é socorrido por uma mulher que diz ser enfermeira. Em vez de ser levado para um hospital, ela fica cuidando dele. Não demora muito para ele perceber que está sendo feito de prisioneiro dela, sem poder sair, com as duas pernas quebradas. Além do mais, ela é uma fanática pelo trabalho dele, principalmente de um trabalho em série que tem uma personagem feminina chamada Misery. A cena mais chocante no filme (a da marreta) tem impacto no teatro também e a produção é incrível, com o palco giratório para trazer dinamismo para a trama, além de utilização de vídeos. A peça dura mais de duas horas e acho incrível quem consegue trabalhar nesse esquema de exibição para o público várias vezes. Sei que para o ator o teatro é o grande lugar para estar, mas o trabalho deve ser muito intenso.

Depois da peça, fui com o Michel encontrar o Chico, que estava na Cinemateca Brasileira. O espaço passou por uma reforma e está com um novo curador, o cineasta Paulo Sacramento, que tem feito um excelente trabalho. Fui à Cinemateca para ver um dos seis filmes da pequena mostra sobre cinema tcheco, ou melhor, sobre a nouvelle vague tcheca. O filme visto foi DOMINGO DESPERDIÇADO, da diretora Drahomira Vihanová, uma obra que foi censurada em 1969 pelo regime autoritário e que só foi liberada em 1990. Vendo o filme é possível entender os motivos.

Segunda-feira, 24 de julho

No meu último dia em Sampa, entrei em contato com meu amigo Eduardo Aguilar, cineasta e professor, outra pessoa que conheço de nome desde a sessão de cartas das colunas do Carlão (no ZAZ/Terra e no Cineclick) e depois na lista da Canibal. Quase sempre (ou seria sempre?) saio para conversar com ele e é um prazer o nosso bate-papo. Desta vez, combinamos de ver o novo filme de Hirokazu Koreeda, BROKER – UMA NOVA CHANCE. Como sei que ele curte dramas familiares, como um bom canceriano que é (nasceu também no dia 7 de julho, como eu), Koreeda pareceu de fato uma boa pedida. Depois do café antes do filme, teve café depois do filme, que é o que mais importava, pois seria o café do bate-papo mais demorado. Conversamos sobre coisas da vida, mudanças, reencontros, obstáculos e sucessos. Pude conversar com o Aguilar coisas que não conversei com mais ninguém na viagem, mas também por ser uma conversa a dois, o que torna isso mais possível. O cinema de diretores como Brian De Palma e Mario Monicelli não faltou no papo, assim como a questão em torno das interpretações de atores orientais, impulsionada pelo prêmio de Song Kang-ho em Cannes. O bate-papo tinha um horário para acabar, pois havia marcado um jantar com a turma do Cinema na Varanda.

E assim como acontece em filmes de ação e espionagem, posso pular os meios de transporte (metrô e uber) e ir direto para o restaurante Insalata, no Jardim Paulista. Senti falta da Alessandra Marucci, mas estar junto com os quatro varandeiros foi muito bom. Até porque acho que eles (Chico, Michel, Tiago e Cris) estavam leves com a decisão de terem finalizado o podcast, apesar do carinho claramente perceptível nos mais de sete anos dedicados a falar de cinema via áudio. Eu sou/fui um assíduo ouvinte, tendo ouvido todos os episódios, tendo passado momentos de raiva e de alegria, nas discussões deles. E ainda tive a sorte de estar presente como convidado em duas ocasiões: na época do lançamento de AQUARIUS, em 2016, e de HOMEM-ARANHA – LONGE DE CASA, de 2019. Sem falar nas aberturas para participar em áudio em um par de ocasiões, e de ter um quadro no programa, o Varandeiro do Zodíaco, que foi mais uma experiência, nem sempre bem-sucedida, mas levada até o fim, graças principalmente ao carinho da turma.

Durante o jantar, o papo estava tão bom que eu lamentei quando chegou a hora de ir embora. Por mim, ficaríamos mais um bom tempo. Conversamos sobre a antiga disputa por audiência entre Globo e SBT, em comparação com o momento atual, com a Rede Record na vice-liderança, sobre lembranças de programas de televisão, inclusive sobre o tempo em que não tínhamos acesso sobre em quais temporadas estavam as séries exibidas na TV aberta, enfim, sobre um monte de coisas que surgiram de maneira leve, sem pauta, e que rendeu muitas risadas. Uma honra e uma alegria estar com essa turma.

Depois disso, chegou a hora de enfiar as roupas nas malas para me preparar para voltar para casa no dia seguinte. Já deixo registrado aqui meu agradecimento ao Chico, pela hospedagem nesses dias, e a todos os amigos que pude e que não pude encontrar em São Paulo e Belo Horizonte. Seguiremos unidos pelo cinema por muitos anos.

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