sexta-feira, junho 13, 2014

TRÊS AVENTURAS























O tempo passa tão rápido que um filme que eu vi no ano passado, A AVENTURA DE KON-TIKI (2012), ainda estava na minha lista de pendências. E como a memória da gente é uma coisa tão fugaz quanto a nossa vida, é uma pena perceber o quanto certos filmes que foram tão impactantes durante sua projeção (e também após alguns dias) acabam ficando perdidos no cantinho escuro da mente. E a culpa não é dos filmes, mas da nossa (da minha) memória ruim, que costuma esquecer facilmente como termina praticamente todos os filmes que vejo. Vamos a mais uma batalha mental, com uma ajudinha da internet.

A AVENTURA DE KON-TIKI (Kon-Tiki) 

Representando a Noruega na categoria de filme em língua estrangeira do Oscar 2013, este interessante relato sobre a aventura de um pequeno grupo de homens que se aliam para provar uma teoria é cheio de momentos de tensão e emoção. Dois diretores, Joachim Rønning e Espen Sandberg, comandam o espetáculo. A viagem foi toda feita em uma simples balsa em que o explorador Thor Heyerdal percorreu quatro mil milhas da América do Sul até a Polinésia para provar que essa mesma viagem já havia sido feita no período pré-colombiano. Baseado em uma história real, já se sabe que pelo menos o protagonista chega vivo no final, mas não deixa de ser eletrizante vê-los enfrentando a violência dos mares e até tubarões. Um belo filme que merece ser conhecido ou revisado.

ATÉ O FIM (All Is Lost) 

Já que estamos falando de homens enfrentando os perigos da natureza, achei por bem incluir este filme em que Robert Redford é um homem solitário no mar cujo barco sofre uma colisão com um contêiner, causando um buraco, que inunda a embarcação. ATÉ O FIM (2013) é muito diferente do trabalho anterior de J.C. Chandor, MARGIN CALL – O DIA ANTES DO FIM (2011), sobre as horas anteriores à última grande crise financeira americana. Aqui praticamente não há diálogos, já que o personagem de Robert Redford está sozinho, sem ninguém com quem falar, a não ser uma tentativa de buscar ajuda em um velho rádio ou com navios que passam e não o veem. ATÉ O FIM passa um clima de desesperança que chega a contagiar a plateia. O uso de pouca música funciona muito bem a favor do filme.

O GRANDE HERÓI (Lone Survivor) 

Aqui não há mar e nem tubarões como nos dois filmes anteriores, mas há também uma luta pela sobrevivência de um grupo de homens em uma missão para capturar um líder do talibã em um país do Oriente Médio. O líder da equipe é vivido por Mark Wahlberg, mas o filme conta com outros rostos conhecidos (Taylor Kitsch, Emile Hirsch, Ben Forster, Eric Bana e até o amigo de ENTOURAGE de Wahlberg Jerry Ferrara). O que mais importa, porém, é que O GRANDE HERÓI (2013) é um puta filme de missão, com sequências eletrizantes, violência gráfica e realista e situações extremamente dramáticas para os personagens. O título original já entrega um pouco a questão de quem sobrevive no grupo, bem como o próprio prólogo, mas isso não estraga nenhum pouco a força desse trabalho de Peter Berg, que se redimiu, depois do horrível BATTLESHIP – A BATALHA DOS MARES (2012).

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