sexta-feira, maio 02, 2014

O ESPETACULAR HOMEM-ARANHA 2 – A AMEAÇA DE ELECTRO (The Amazing Spider-Man 2)



Quem tinha reclamado de HOMEM-ARANHA 3, de Sam Raimi, já tem motivos para ter saudades do maltratado terceiro capítulo da primeira trilogia do "amigão da vizinhança" nos cinemas. Não que Marc Webb não tenha feito um bom trabalho no reboot O ESPETACULAR HOMEM-ARANHA (2012), que reintroduziu o personagem com direito à presença da primeira namorada realmente importante de Peter Parker, Gwen Stacy, muito bem representada por Emma Stone, que pode não ser linda como imaginamos a personagem nos quadrinhos, mas é adorável.

E é justamente a atriz que faz valer a ida aos cinemas para ver este segundo filme do "cabeça-de-teia" dirigido por Webb. O ESPETACULAR HOMEM-ARANHA 2 – A AMEAÇA DE ELECTRO (2014) só vale mesmo pelos momentos que exploram a história de amor de Peter e Gwen, e o peso que ele carrega na consciência por ter prometido, no final do filme anterior, a um moribundo Capitão Stacy, que ficaria longe de Gwen para que ela não corresse perigo. Como ele não consegue, alguma tragédia pode acontecer, até porque nos quadrinhos a morte de Gwen é um dos eventos mais trágicos e antológicos não só da Marvel mas de toda a mídia.

Outra coisa que vale a pena no filme é acompanhar a história de Harry Osborn, que aqui não é só o filho de Norman Osborn, conhecido nos quadrinhos como o Duende Verde. Interpretado por Dane DeHaan, o ator só não está melhor porque praticamente tudo no filme está desandado. A começar pelo principal eixo narrativo, que é a história envolvendo o Electro (Jamie Foxx), que no filme aparece como um João Ninguém que de repente se vê com super-poderes obtidos por um acidente nas Indústrias Oscorp.

Percebemos de cara quando a coisa não vai bem como atores tão bons quanto Jamie Foxx e Dane DeHaan ficam ridículos em seus personagens. Ao que parece, Marc Webb não teve, dessa vez, o auxílio de alguém que o ajudasse nas cenas de ação, como aconteceu no primeiro filme. Ou então foi muito mal assessorado. O que vemos é que ele até cobre bem os momentos que lembram (500) DIAS COM ELA (2009), o seu melhor trabalho, mas que são rápidos e fugazes. Há uma preocupação muito grande com o barulho, com a ação, como se isso fosse tornar, por si só, o filme melhor. Em muitos casos, esse tipo de coisa faz com que um filme de ação se torne mais chato do que qualquer filme considerado "parado" pelo público médio.

Não dá pra dizer mais muita coisa para não estragar o filme, embora "estragar" não seja um verbo que se aplique bem aqui. Porém, ficou um caminho aberto para que uma nova e importante personagem surja na vida de Parker no próximo filme. Quem sabe isso não ajuda, hein?

No mais, a experiência com o IMAX 3D, diferente do que aconteceu com NOÉ, não foi das mais prazerosas. Os óculos estavam demasiado escuros ou havia algo errado com a projeção. Sem falar que a cópia IMAX não vem com a cena pós-créditos do novo filme dos X-Men e a gente fica lá esperando feito besta por algo que foi noticiado na imprensa e que está presente nas cópias em 3D normal e em 2D.

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