quinta-feira, julho 06, 2006

HEIST



Acabei de ver o quinto e último episódio exibido de HEIST (2006), série policial sobre grupo de assaltantes profissionais, produzida pela NBC. O que me dá mais tristeza é que a série estava melhorando a cada episódio. O quinto episódio, inclusive, é o meu favorito e ainda por cima termina com um gancho. O sexto chegou a ficar pronto, mas nunca foi exibido pela emissora. Esse é o problema da indústria televisiva: por mais que a série seja ótima, se não der audiência, ela precisa ser tirada do ar.

O episódio piloto foi dirigido por Doug Liman, diretor de VAMOS NESSA (1999) e IDENTIDADE BOURNE (2002). Gostei da série desde o piloto. Só não fiquei tão entusiasmado porque não sou muito fã de filmes sobre roubos inteligentes e milionários. Mas aos poucos a série foi me conquistando, graças a seus personagens carismáticos, às duas atrizes bonitas do elenco, à química dos personagens e ao progressivo aprofundamento da trama e dos personagens. Uma coisa que eu aprendi sobre séries de televisão é que a gente não deve desistir tão rápido delas. A problematização da trama pode elevar a série a níveis estratosféricos, como foi o caso de PRISON BREAK.

No caso de HEIST, o piloto foi filmado com muita elegância por Liman, mas ainda faltava aprofundar e problematizar mais o drama dos personagens. Só com o tempo que ficamos sabendo a verdadeira motivação de Mickey (Dougray Scott) para executar o assalto; o grave problema de saúde de Pops (Seymour Cassel); só com o tempo o romance de Mickey com a policial Amy Sykes (Michele Hicks) passa a se tornar algo pelo qual a gente torce. A personagem que não deu tempo de ser minimamente aprofundada foi a Lola (Marika Dominczyk), a gostosa membro da gangue de Mickey. Do jeito que a série terminou, ela é apenas uma mera peça do tabuleiro. Em compensação, as cenas envolvendo a dupla de policiais só melhoraram com o tempo. Não é nenhuma novidade mostrar dois policiais (um negro e um branco) que a princípio não se entendem e que aos poucos vão criando um vínculo de amizade, mas a sacada de HEIST foi colocar o policial branco como um homem gordo e engraçado.

Agora, resta esperar que os episódio filmados sejam lançados em DVD para que possam um dia aparecer na internet, já que não há mais esperanças de que série volte ao ar.

Agradecimentos ao Renato, que foi quem me apresentou a essa ótima série.

P.S.: Saiu o ranking anos 70 da Liga dos Blogues Cinematográficos. A exemplo do ranking da década de 80, tem mini-textos sobre os vinte primeiros colocados.

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