segunda-feira, junho 29, 2015

O EXTERMINADOR DO FUTURO (The Terminator)



Por ocasião da estreia na próxima quinta-feira do quinto filme da franquia iniciada com O EXTERMINADOR DO FUTURO (1984), de James Cameron, resolvi rever o primeiro filme cuja lembrança andava um pouco nebulosa, já que o vi na televisão num momento pré-cinefilia. Ou seja, faz tempo pra caramba. Ainda assim, muitas cenas se tornaram clássicas e por isso mesmo ficaram guardadas na memória.

De todo modo, não é por ser um clássico (como é considerado hoje) que é um trabalho isento de falhas ou de críticas. Eu mesmo achei o andamento narrativo um tanto aborrecido e com uma história que lida com viagens no tempo que subestima a inteligência do espectador, como nas cenas envolvendo Sarah Connor (Linda Hamilton) e Kyle Reese (Michael Biehn) e o que nasceria dos dois. Sem falar que tem todo aquele visual anos 80, somado ao jeitão de aventura B lançada direto em vídeo, que estraga a beleza.

Claro que devemos levar em consideração o baixo orçamento. O EXTERMINADOR DO FUTURO foi a última produção "pobre", por assim dizer, de Cameron. Antes disso, ele havia dirigido o trash PIRANHAS 2 – ASSASSINAS VOADORAS. O dinheiro que ele ganharia com O EXTERMINADOR DO FUTURO mudaria sua vida, tornando-o cada vez mais obcecado em tecnologia a ponto de virar esse sujeito chato que só pensa em fazer filmes chatos como AVATAR e um monte de continuações disso. Creio que por causa disso o diretor acabou ganhando minha antipatia nos últimos anos.

Quanto a O EXTERMINADOR DO FUTURO, o filme também foi um divisor de águas para Arnold Schwarzenegger. Tudo bem que ele já havia feito CONAN, O BÁRBARO, de John Millius, mas o fato de ele ser aproveitado como um ciborgue do futuro que não precisa usar muitos recursos dramáticos para o papel foi genial para um Mister Universo carismático, mas de talentos limitados. Uma sacada e tanto.

Por isso, muita gente considera O EXTERMINADOR DO FUTURO o filme que alavancou a carreira do astro, tornando-o tão ou até mais popular que Sylvester Stallone, para citar os dois nomes mais importantes do cinema de ação da década de 1980. Ajudou o fato de Schwarzenegger ter construído sua carreira com cineastas do primeiro escalão.

Algumas cenas ninguém esquece: o exterminador tirando o próprio olho e disfarçando com óculos escuros; a explicação de Kyle Reese do futuro governado pelas máquinas; o assalto do exterminador à delegacia de polícia; as cenas de perseguição automobilística; o exterminador em forma de esqueleto de metal perseguindo incansavelmente o alvo de sua missão etc. São cenas tão clássicas que se tornaram até um tanto manjadas, como se tivéssemos acabado de ver o filme pouco antes da revisão. Não sei o quanto isso é bom ou ruim, na verdade.

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