terça-feira, abril 19, 2011

SAMPA 2011



Foi inusitado. Até eu estava me questionando porque eu estava fazendo aquilo: viajar para São Paulo dois finais de semana seguidos. A desculpa para a segunda viagem foi a promoção da TAM. E é uma desculpa bem boa, levando em consideração o preço das passagens. Alia-se a isso um dos eventos culturais mais legais da cidade e a boa hospitalidade do meu amigo Michel Simões. Mas talvez no fundo eu ainda estivesse me sentindo meio sozinho e ainda não totalmente preparado para essa nova fase da minha vida. Queria que este mês de abril tivesse mesmo cara de férias. Como realmente está tendo. Fiz o que pude para não fazer um relato gigantesco e muito detalhista do que foram esses dias, mas acabou ficando um pouquinho longo mesmo. Dividi o relato em lado A e lado B. Sendo que o lado A tem como destaque o show do U2 e o lado B, a Virada Cultural.

Lado A

Sobre o show do U2 especificamente, acho que já falei o bastante. E acho até que ninguém deu muita bola. Mas tudo bem. Acabo escrevendo esses relatos mais pra mim mesmo. É uma forma de deixar registrados os meus sentimentos e pensamentos de momentos que considero especiais. As fotos também ajudam, ainda mais porque quase sempre estamos felizes quando aparecemos nelas.

Nesta primeira viagem fui com meu amigo Zezão. Havíamos comprado ingressos para arquibancada e de costas para o palco. Não era o melhor lugar, mas o show não ficou menor por causa disso. Assim que chegamos no aeroporto, fomos mui gentilmente recebidos pela amiga do Zezão, Aline, muito simpática, e seu marido. Antes de tomarmos um belo de um café da manhã, tiramos fotos na Praça da Independência e sentimos um ar atípico de São Paulo num parque arborizado e cheio de skatistas e de pessoas levando seus cachorros para passear. Beautiful day, que continuou ainda com almoço com Tiago e Alê regado a muito papo legal, cineminha à tarde (EM UM MUNDO MELHOR) e passeio pela Paulista e Augusta à noite, quando encontramos nosso amigo Murilo e esperimentamos a culinária indiana. Como diria o Radji: "very guti". Aliás, um dos melhores passatempos que eu e o Zezão fazíamos era imitar o inglês indiano do personagem de THE BIG BANG THEORY.

Além do show do U2, o domingo ainda contou com o aniversário do Diego Maia. As mesas que ele reservou davam volta. Metade delas era composta por cinéfilos. Chico Fireman, Mitchel, Alê Marucci, Tiago Superoito, Gustavo, além de Michel e Zezão compunha a lista das pessoas que eu conhecia e que estavam presentes. De lá, fomos direto para o U2, apesar de o tempo estar se fechando e prenunciando uma chuva daquelas.

A segunda-feira, que o Bono havia dito que seria feriado em São Paulo, até que pareceu bem normal, com todos estranhamente trabalhando. :) Eu, como não gosto de perder as oportunidades, quis ver mais um filminho (MEU MUNDO EM PERIGO, já comentado), afinal, muitos filmes do circuito alternativo nem chegam em Fortaleza. Logo, dou prioridade a eles quando estou lá. O Zezão quis dar uma passada no Centro e foi ótimo. Visitamos a Galeria do Rock, pegamos mais uma chuva e quando chegamos o Michel ainda foi nos deixar no aeroporto. O lado A terminou muito bem.

Lado B

A minha intenção em passar mais dias em São Paulo era meio como fazer um repeteco do que foram os inesquecíveis dias de abril de 2010 lá. Dessa vez, se não foram tão bons, isso se deve a uma série de fatores, como o fato de eu não encontrar as pessoas que eu gostaria de ter encontrado. Marcelo V. e Ana Paul estavam viajando, Gustavo Cavinato estava recebendo os pais, Vébis continua me devendo cópias de seus filmes e não deu pra organizar um big encontro como da última vez – e nem de ver o Carlão Reichenbach. A Virada Cultural, se era um meio de encontrar amigos, também era de desencontros, pois muitos queriam ver coisas diferentes. Ainda assim, eu e o Michel conseguimos ver shows com o Murilo (no sábado) e com o Aguilar (no domingo).

Na sexta pré-virada, a programação foi sessão dupla solitária (DEUSES E HOMENS e TURNÊ) e depois encontro com uma dupla de amigos do Michel – Estela e Fabiano. O nome da Estela sempre me faz lembrar um episódio engraçadíssimo do SEINFELD e o Fabiano é parecido com o Fernando Meirelles, com quem curiosamente trabalhou na O2.

O sábado da Virada foi uma maratona. Vimos o show da Tiê, que teve uma série de problemas técnicos, mas que apesar de tudo foi muito bonito de se ver. Ela é um encanto e ficou aquele gostinho de quero mais quando acabou o mini-show. Depois que vi a entrevista dela no Programa do Jô, sinto que fiquei mais íntimo dela, ao saber de sua timidez. Rolou uma identificação. Depois da Tiê, foi a vez de conferirmos os shows da banda cover Beatles 4Ever. Os caras da banda simplesmente prometeram tocar todos os álbuns dos Beatles durante as 24 horas da Virada! E conseguiram chegar ao final da maratona, como pudemos constatar no final da tarde de domingo. No sábado vimos as apresentações do WITH THE BEATLES ao RUBBER SOUL. Os caras esbanjavam simpatia e competência. Dava vontade de ficar até o fim, ver tudo, mas o corpo tem a sua sabedoria própria e nos mandou ir embora. Momento mais emocionante de todos pra mim: a execução de "In my life". Arrepiei.

O domingo foi curto: acordar ao meio dia, almoçar com o Aguilar, bater aquele papo sempre muito agradável com esse amigo com quem eu tanto me identifico, e voltar lá para o palco dos Beatles para ver o finalzinho da festa. Até o próprio Aguilar que disse preferir Rolling Stones, pulou no bis no final, ao som de "Twist and Shout", que deve ter feito tremer o Centro de São Paulo. Conseguimos ver os shows dos dois PAST MASTERS e ainda deu pra ver o finalzinho do show do Erasmo Carlos lá no Arouche, com um público bem diferente dos outros palcos. Ao irmos embora estava começando num outro palco Paulinho da Viola, para muitos a grande atração da Virada. Mas, além de não me atrair muito, de eu não conhecer o repertório, estava bastante cansado. A proposta de uma pizza com um filme na casa do Michel foi recebida com satisfação.

A segunda-feira seguiu sem muitas novidades. Acho que já estava com saudades de casa e aquela história de me sentir bem como um anônimo perambulando pelas estações de metrô não me fazia tão bem ao coração nesse dia em particular. Mas tive sorte com a sessão dupla (POESIA e INCÊNDIOS) e depois com outra boa sessão privada lá na casa do Michel - finalmente consegui chegar lá de ônibus, sem me perder. O saldo foi mais do que positivo. Foi ou não foi?

Segue LINK para algumas das fotos que eu tirei durante esses dias.

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