segunda-feira, abril 18, 2011
A ÁRVORE (The Tree)
Acho que andei me acostumando mal a dormir tarde, depois das três da manhã. Ontem fui dormir à meia-noite e acordei várias vezes durante a noite. E aqui estou para aproveitar este momento de estar mais acordado para atualizar mais uma vez este espaço. (Curiosamente, o Horóscopo Personare falou em Marte entrando na minha casa 1 e sinalizando muita energia para os próximos 40 dias, coisa que eu preciso administrar bem.)
Em relação ao filme escolhido para comentar, já faz algumas semenas que o vi na sessão de arte em Fortaleza. A ÁRVORE (2010), da diretora francesa Julie Bertucelli, a mesma de DESDE QUE OTAR PARTIU (2003), é uma obra bem interessante, uma história de amor que vai além da morte e que tem algo de fantástico, de sobrenatural, mas que é tratado com certa sutileza, embora a sequência final seja mesmo impressionante e muito bem realizada para uma produção fora de Hollywood.
A ÁRVORE é uma coprodução França/Austrália/Alemanha/Itália e se passa num lugar desolado da Austrália, sendo obviamente falado em inglês. Charlotte Gainsbourg mostra mais uma vez ser uma das melhores e mais interessantes atrizes de sua geração. Ela interpreta a mãe de quatro filhos que perde o marido, que teve um ataque cardíaco enquanto estava dirigindo e bateu a caminhonete justamente na imensa árvore que fica ao lado da casa onde moram. A garotinha mais nova tem a impressão de que o espírito do pai está na árvore e que se comunica com ela; a mesma impressão (ou certeza) tem a esposa.
Dizer mais pode estragar um pouco a apreciação deste filme que me pareceu uma versão "do bem" de A ÁRVORE DA MALDIÇÃO, de William Friedkin, ao enfocar o elemento da revolta da natureza. As crianças do filme também dão o seu show particular e a diretora, embora tenha dado um espaçamento temporal grande entre um filme e outro, como trabalhou como assistente de direção para Kryzystof Kieslowski e Bertrand Tavernier, pode ainda gerar bons frutos, que se transformariam em grandes árvores como a desse filme.
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