quinta-feira, março 16, 2006

A BESTA DEVE MORRER (Que la Bête Meure)

 

Continuando com a fase francesa do blog, falo hoje de um dos filmes mais importantes de Claude Chabrol, outro medalhão do cinema francês e também representante da Nouvelle Vague. Aliás, foi ele quem deu início ao célebre movimento, com o filme NAS GARRAS DO VÍCIO (1958). Chabrol se destaca por seu gosto por tramas sobre crimes e já deve estar de saco cheio de tanto ser comparado com Hitchcock. Mas isso acaba sendo inevitável, dada a semelhança temática. Comparando os dois cineastas, obviamente Chabrol sai perdendo. 

A BESTA DEVE MORRER (1969) é um de seus filmes mais interessantes. O filme começa com um menino sendo atropelado. O sujeito que atropela está do lado de uma mulher. Ele não pára o carro e abandona o corpo do garoto na rua. O pai do menino jura encontrar o assassino. Ele dedica todos os seus dias na busca do homem que matou o seu filho. Seguindo uma pista quente, ele acaba por conhecer uma mulher suspeita de ser a motorista do carro. Ele descobre que ela estava no carro, ma quem dirigia era o cunhado dela. Ele conhece o tal sujeito e, para seu alívio, o homem é absolutamente insuportável. Até o próprio filho lhe confessa que deseja a sua morte. Mas as coisas se complicam bastante até o final inesperado. 

Em A BESTA DEVE MORRER, senti falta de personagens femininas fortes, uma das marcas dos melhores filmes do diretor, como no recente A DAMA DE HONRA (2004) ou em títulos como CIÚME - O INFERNO DO AMOR POSSESSIVO (1994) e UM ASSUNTO DE MULHERES (1988), só pra citar os filmes que vi do cineasta. Apesar desse pequeno porém, o filme é envolvente e instigante.

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