quinta-feira, julho 21, 2005

LOST



Lembro como se fosse ontem a primeira vez que ouvi falar em LOST. Estava vendo o E! News Live do canal E! e a série estava para ser lançada nos EUA. Só o tema já me chamou bastante a atenção: grupo de pessoas cai numa ilha deserta cheia de animais estranhos e situações misteriosas. A série é narrada com flashbacks de cada personagem por episódio. Quando soube da série, fiquei torcendo para que ela passasse no Brasil em algum canal por assinatura que eu, de preferência, tivesse em meu pacote. Não foi bem assim que aconteceu, já que não tenho AXN em casa. Mas pude ver quando estreou na Sony simultaneamente o piloto da série. A sorte é que eu tinha recém-instalado Velox em casa e pude ficar baixando os episódios e vendo-os pelo monitor do computador. Ao contrário do que eu imaginava, ver os episódios na telinha de 14 polegadas não foi nenhum pouco cansativo ou inconveniente. A maioria dos episódios até vi sem legenda mesmo. Tirando o sotaque australiano dos personagem Sawyer (Josh Holloway) e Claire (Emily de Ravin) e o sotaque britânico carregado de Charlie (Dominic Monaghan), dava pra acompanhar numa boa. Mas a série cresceu tanto em popularidade que é possível achar facilmente sites brasileiros dedicados à série que oferecem legendas em português muito bem traduzidas e com perfeita sincronia.

Ontem eu vi finalmente o último episódio da primeira temporada da série - "Êxodo - Parte 2", com cerca de uma hora e meia de duração. O título se refere à partida dos sobreviventes para uma misteriosa escotilha que aparece no meio da série a fim de fugir dos "outros". O episódio anterior, que mostra a partida de quem iria se aventurar num barco foi dos mais emocionantes e o único que me levou às lágrimas de toda a temporada. Há muito tempo não me entusiasmava tanto com uma série. A última vez que aconteceu isso foi com as duas primeiras temporadas de 24 HORAS.

O sucesso de LOST se deve não apenas ao mistério em torno do que está acontecendo na ilha, mas também ao belo trabalho de desenvolvimento dos personagens. Até quem eu antipatizava no início, como Sawyer, Jim (Daniel Dae Kim), Shannon (Maggie Grace) e Boone (Ian Sommerhalder), foram conquistando a minha simpatia à medida que ia conhecendo suas histórias. Cada um deles tem um segredo. Mas a história mais fascinante é mesmo a de Locke (Terry O'Quinn), o homem que antes de chegar na ilha tinha as pernas imobilizadas, mas que ao chegar lá, fica misteriosamente curado. Para Locke, ter caído na ilha foi uma bênção, a melhor coisa que lhe aconteceu. Há também um mistério em torno do garotinho Walt, que parece ter alguns poderes paranormais, pouco explorados na primeira temporada. Tem também as musas da série. A minha preferida é a Kate (Evangeline Lilly), mas não dá pra não mencionar também a beleza de Claire, Shannon e Sun (Yunjim Kim).

Até pensei em fazer um top 5 dos episódios, mas a essa altura do campeonato fica difícil selecionar os melhores. Mas poderia dizer que gosto muito do Exodus, do episódio piloto, do primeiro episódio dedicado ao Locke, e do último dedicado aos coreanos Jim e Sun. Mas um dos episódios mais intrigantes é o "Numbers", onde vemos a onda de azar que uma série de seis números traz à vida de Hurley (Jorge Garcia).

O mistério em torno dsses números é só mais um entre vários que cercam a série, que já recebeu inúmeras teorias, que dizem tanto que os sobreviventes já estão mortos e estão em uma espécie de purgatório, até a que diz que eles estão lá trazidos por extra-terrestres com a finalidade de serem estudados. O fato é que J. J. Abrams, o homem por trás da série, parece que não vai abrir o jogo tão cedo. O final da primeira temporada deixa no ar ainda mais perguntas e termina com um gancho que nos deixa ansiosos para que chegue logo novembro, que é quando começa a segunda temporada nos EUA, e quando vai ser possível ir baixando os novos episódios da internet - quem precisa de tv a cabo, mesmo?

J.J. Abrams é também o criador da cultuada série ALIAS, que eu só passei a conhecer recentemente quando aluguei um DVD com sete episódios da 1ª temporada. Abrams é também o homem que está filmando MISSÃO IMPOSSÍVEL 3 nesse exato momento na Itália, com Tom Cruise. Tendo em vista o belo currículo que ele tem na televisão (que também inclui a série FELICITY), não duvido nada que o novo MI:3 vai ser no mínimo brilhante.

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