quinta-feira, setembro 14, 2017

OITO FILMES DE HORROR

Uma pena a falta de tempo para escrever sobre os filmes. Por isso, aqui estou eu tentando dar um gás em momentos de pouca inspiração. Resolvi pegar todos os filmes de horror (ou afins) vistos no ano e que ainda não tinham sido comentados aqui no blog. Então, é jogo rápido. Matando oito coelhos com uma só caixa d'água.

O CONVITE (The Invitation)

Diretora de GAROTA INFERNAL (2009), Karyn Kusama tem no currículo um monte de coisas para a televisão. Este O CONVITE (2015) talvez seja o seu trabalho mais intenso e quem sabe mais autoral. É mais um caso de ótimo filme que foi parar direto no Netflix, sem chance de ter uma carreira na telona. Mas é bom a gente se acostumar com isso e relaxar. Tentar apreciar a experiência que é o filme, mesmo que pensando nele na tela grande, por causa das várias tomadas com poucos close-ups. O ideal é ver sem saber nada a respeito, mas para quem quer saber algo, trata-se de uma história sobre um homem que visita a casa de sua ex-esposa e dá de cara com situações sinistras. Gosto muito da tensão crescente.

TODAS AS CORES DA NOITE

Não vou mentir e dizer que embarquei na viagem toda desse filme. Há algo em TODAS AS CORES DA NOITE (2015) que não parece funcionar. Mas a cena final é tão maravilhosa (com a Sabrina Greve em estado de graça) que eu comecei a achar que era eu que não estava com a cabeça boa para o filme no dia em que o vi. Estava pensando em outras coisas boa parte do tempo. Portanto, seria o caso de uma segunda chance. A propósito, seria a Sabrina Greve a maior estrela dos filmes de horror brasileiros ever?

O RASTRO

É mais curioso do que exatamente bom esta tentativa de fazer um filme de horror no Brasil bem parecido com o que se faz lá fora. O diretor de O RASTRO (2017), J.C. Foyer, deu conta de criar alguns momentos de dar arrepios, mas falha demais na criação de uma atmosfera de suspense e em nos deixar interessados em seus personagens. Chega uma hora que a gente torce para o filme acabar logo mesmo. Uma pena. A trama se passa em um hospital que está passando por um processo de tombamento.

KRISHA

Um filme que passa um mal estar tremendo, já que sentimos um pouco do ponto de vista de alguém rejeitado e também da tensão existente em um ambiente familiar, algo que sempre me deixa muito perturbado. Este é KRISHA (2015), filme de estreia de Trey Edward Shults, do marco do pós-horror AO CAIR DA NOITE (2017). Também se nota algo que é característico dos primeiros filmes em KRISHA que é o diretor quer mostrar serviço e assim há muitos jogos de câmeras curiosos, diferentes, ângulos desconfortáveis etc. Vale muito ver, principalmente pela excelente caracterização da protagonista, vivida por Krisha Fairchild. Sim, quase todos os personagens interpretam a si mesmos, ou pelo menos dão o mesmo nome aos personagens.

7 DESEJOS (Wish Upon)

Eu até tinha achado o ANABELLE (2014) um filme bem decente, mas é impressionante como esse 7 DESEJOS (2017), do mesmo diretor John R. Leonetti, é idiota. Dá pra se divertir e tal, mas a protagonista é uma tapada e a trama, além de imitar um bocado a franquia PREMONIÇÃO, é cheia de furos horríveis. Mas se isso fosse o único problema até que estava bom. No mais, acabei vendo a Sherilyn Fenn no cinema antes de ver em TWIN PEAKS - O RETORNO. E que papel horrível que deram a ela, meu Deus. Povo não respeita quem merece o respeito, não.

THE DEVIL'S CANDY

Para o que parece ser só mais um filme sobre casa assombrada com demônio envolvido, e ainda por cima envolvendo rock pesado, THE DEVIL'S CANDY (2015, foto) vai num crescendo de perturbação que o torna um belo exemplar contemporâneo. Comecei a ver a primeira metade do filme em um dia e não estava curtindo muito, mas depois, no dia seguinte, vi que é uma obra respeitável. A violência, a tensão, a problematização do que parecia simplista e bobo (o diabo no heavy metal), tudo melhora.. E arrepiei no final quando toca uma canção foda, que eu não vou dizer aqui qual é.

ENTES QUERIDOS (The Loved Ones)

Embora seja inferior ao THE DEVIL'S CANDY, do mesmo Sean Byrne, e partir mais para o torturne porn, é bom voltar ao universo de jovens fãs de rock pesado, que parece ser o mundo do diretor. Há alguns cartas na manga, mas na verdade são poucas. Ainda assim ENTES QUERIDOS (2009) é filme pra assistir com os olhos grudados e o coração na mão. Na trama, uma garota que costuma ser rejeitada na escola captura um rapaz por quem tem interesse para fazer com ele um baile de formatura todo especial. Tenso e sangrento.

DEATH NOTE

A gente até quer dar uma chance a esta adaptação do excelente mangá Death Note, mas não tem jeito. A coisa piora muito quando entra em cena o L, que consegue ser mais patético que o Light. Ambos não deveriam ser. De todo modo, o que não funciona no filme DEATH NOTE (2017) nem é a falta de "fidelidade" à obra. É que é tudo feito às pressas, toscamente mesmo. Não dá pra sentir o mínimo suspense. Quem acaba se destacando é a namorada de Light, Margaret Qualley, que tem o seu encanto e ganha o filme em determinado momento. Mas é muito pouco. E pensar que o diretor Adam Wingard vinha de um filme bacana (VOCÊ É O PRÓXIMO, 2011)...

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