segunda-feira, dezembro 12, 2016
MONSTROS (Monsters)
Falta pouco para a estreia de ROGUE ONE – UMA HISTÓRIA STAR WARS e por isso parece um bom momento para conferir outra obra menos famosa do diretor inglês Gareth Edwards. MONSTROS (2010) foi o seu primeiro longa-metragem para cinema. Antes ele havia feito um telefilme e alguns curtas. É uma obra pequena e claramente de baixo orçamento, mas que chamou a atenção de Hollywood, que o chamou para dirigir GODZILLA (2014). O que há de comum entre os dois filmes é que há um interesse em tratar de questões humanas, quando o que parece ser o foco são monstros gigantes.
No caso de MONSTROS, isso fica ainda mais evidente, já que não há dinheiro para explorar tanto assim os efeitos especiais. E talvez nem seja do interesse do diretor, já que a construção do relacionamento entre o casal de protagonistas é muito bom. São eles o fotógrafo Andrew (Scoot McNairy) e uma turista americana presa no México, Sam (Whitney Able). Ele fica incumbido de levar a moça até os Estados Unidos, a uma região menos perigosa, tendo que atravessar a zona infectada, que fica justamente entre os Estados Unidos e o México.
O filme procura manter o mistério e não dar muitas informações sobre a natureza da invasão alienígena e os propósitos das criaturas gigantes em nosso planeta, o que funciona como um ponto positivo. A princípio, só vemos seus corpos mortos. Elas mais parecem aranhas gigantes. O filme explora até que bem pouco a tensão e os sustos, preferindo focar no desenvolvimento do afeto que vai sendo criado ao longo da jornada entre os dois jovens.
Ele tem um filho pequeno com outra mulher e sofre em não poder dizer para a criança que ele é seu pai biológico, a pedido da mãe. Ela, por sua vez, está prestes a casar, mas ultimamente anda repensando muito bem se está tomando a decisão certa. E quando sentimentos por Andrew começam a surgir, então, aí é que tudo fica complicado em sua cabeça.
MONSTROS tem um título tão genérico e que tão pouco remete ao que realmente o filme mostra que parece claro que se trata de uma opção comercial, já que as pessoas estão interessadas em ver um filme de monstros e não um filme de relacionamentos com poucos monstros, embora seja isso o que elas recebem. De todo modo, só se tem a ganhar ao ver o filme, inclusive pelas cenas com as criaturas. A cena no posto de gasolina, por exemplo, é ótima. Explora tanto o medo e o terror quanto as questões pessoais dos personagens.
Agora é ver o quanto Edwards vai impor essa característica que parece marcante em MONSTROS e em GODZILLA em uma superprodução comandada pela Disney/Lucas Film. De todo modo, ainda que não seja um filme de autor, a expectativa em relação ao primeiro spin-off para o cinema de Star Wars tem sido bem positiva, de acordo com algumas primeiras críticas que têm surgido.
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