domingo, outubro 25, 2015

ATIVIDADE PARANORMAL – DIMENSÃO FANTASMA (Paranormal Activity – The Ghost Dimension)



Pelo trailer, que flagrava uma cena muito ruim e que justamente serviria de base para a trama de ATIVIDADE PARANORMAL – DIMENSÃO FANTASMA (2015), já dava para prever que a franquia já estava mais do que desgastada: os produtores parecem estar desesperados por alguma coisa que inovasse e que salvasse este supostamente capítulo final da série iniciada em 2009, que conta com cinco títulos “oficiais” e dois spin-offs, um no Japão e outro numa comunidade latina, este último, inclusive, tendo estreitas relações com a trama dos demais filmes.

A solução desesperada dos produtores foi o uso do 3D como forma de assustar mais as plateias. Acontece que, por mais que em algumas cenas de close-ups nos sintamos um pouco incomodados e até com medo de levar um susto (ainda que daqueles bem baratos), o recurso serve mesmo é para tornar a fotografia ainda mais escura e a vontade de ficar retirando os óculos de instante em instante (já que nem sempre a imagem está desfocada) é um tiro no pé, já que o espectador fica disperso, distraído. E como o enredo é fraco, a direção é ruim e os atores são muito ruins, tudo isso conta pontos negativos para o filme, que não consegue ser nem sombra dos demais. Nem mesmo do mais fraco da franquia, o quarto.

O fato de este quinto capítulo se passar depois de eventos que ocorreram em filmes exibidos nesse intervalo de tempo tão grande faz com que isso seja algo mais a depor contra o filme, já que não temos obrigação de ficar lembrando detalhes de uma trama envolvendo uma seita diabólica de sequestro de crianças e ligações com entidades malignas.

Inclusive, na internet tem um videozinho com uma animação tentando fazer com que o espectador entenda ou relembre dos eventos dos filmes anteriores, o que mostra mais uma vez o quanto esta série estava pedindo para uma conclusão urgente. Uma conclusão que poderia ter sido no quarto capítulo, se o dinheiro não falasse tão mais alto.

Na nova trama, uma nova família se muda para a mesma casa que foi palco dos eventos mostrados nos filmes anteriores e lá encontra algumas fitas VHS antigas. Inicialmente o sujeito, que se muda com a mulher e a filha, mas que é visitado pelo irmão, que fica por lá por uns dias, acredita se tratar de fitas pornôs caseiras. Depois ele percebe o quão estranhas são as imagens, ainda mais quando elas dialogam com ele: a garotinha do vídeo parece enxergá-lo e ouvi-lo. Para completar, ele encontra também uma câmera que é capaz de visualizar espíritos ou entidades invisíveis ao olho humano.

É a deixa para a entrada do 3D, que traz efeitos especiais que nada têm a ver com a ideia proposta pelos filmes anteriores, de mostrar imagens mais realistas, mais próximas mesmo de uma câmera caseira. Aqui o que vemos é algo próximo de POLTERGEIST – O FENÔMENO, e que consegue ser muito pior do que o já horrível remake recente do clássico de Tobe Hooper.

E se o primeiro ATIVIDADE PARANORMAL tornou ainda mais rentáveis e populares os filmes de found footage, este último (espera-se que seja mesmo o último) é um convite ao fim de uma era. Que assim seja.

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