quinta-feira, setembro 24, 2015

EX-MACHINA – INSTINTO ARTIFICIAL (Ex Machina)



Como muitas vezes uma coisa leva à outra e atrizes belas e carismáticas tendem a ser chamarizes para vermos determinadas produções, ainda mais quando já são suficientemente elogiadas por público e crítica, foi Alicia Vikander que me levou a EX-MACHINA – INSTINTO ARTIFICAL (2015), que no Brasil foi lançado direto em vídeo.

Meu encanto pela moça se deu recentemente, em O AGENTE DA U.N.C.L.E., de Guy Ritchie, mas já a havia visto em ação no ótimo O AMANTE DA RAINHA, de Nicolaj Arcel. Em EX MACHINA, ela interpreta a mais sexy andróide do cinema desde Sean Young em BLADE RUNNER, O CAÇADOR DE ANDRÓIDES.

E a semelhança entre os dois filmes não para aí: há uma entrevista avaliativa que muito lembra a vista no trabalho de Ridley Scott, um teste fictício que é baseado no teste de Turing, que consiste em determinar se o objeto testado é humano ou não. No caso, já se sabia que o objeto não era humano, mas havia a intenção de avaliar o grau de humanidade daquela máquina.

Na trama, Domhnall Gleeson é Caleb, um jovem programador que é sorteado para participar de um experimento secreto de inteligência artificial, tendo que avaliar as qualidades humanas de uma andróide bem especial (Alicia Vikander). Durante o teste, ele e a andróide começam a ter momentos de maior intimidade, ou mesmo de interesse sexual. Pelo menos, vemos isso do ponto de vista de Caleb e da boca de Ava, a andróide feminina.

O autor da façanha – da criação de Ava – é um cientista inescrupuloso, Nathan (Oscar Isaac), um homem meio amargo que é bastante controlador, tem hábitos etílicos que o deixam com uma baita ressaca no dia seguinte, e possui uma andróide particular como escrava sexual e realizadora de outras atividades.

O filme é dividido em capítulos, que são marcados pelos encontros de Caleb com Ava, que nos mostram a crescente aproximação dos dois, no medo dela de ser desligada (morta) – outro flerte com BLADE RUNNER – e na falta de confiança que Caleb passa a ter em relação a Nathan. Um dos aspectos mais positivos é o clima de suspense que se cria nos diálogos tensos e/ou de atrito desses três personagens ao longo do filme, que presenteia o espectador com cenas ousadas e até perturbadoras, que aproximam o filme do cinema de horror.

EX MACHINA é a estreia na direção de Alex Garland, que possui no currículo alguns trabalhos como roteirista. Inclusive, há trabalhos dele nessa função que guardam similaridade com o seu début, como os ótimos SUNSHINE – ALERTA SOLAR (2007) e NÃO ME ABANDONE JAMAIS (2010).

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