sexta-feira, outubro 04, 2013
GRITOS MORTAIS (Dead Silence)
Depois de INVOCAÇÃO DO MAL (2013), fica difícil não ter vontade de ver os outros filmes ainda não vistos da filmografia de James Wan. Que, aliás, é bem curtinha. Depois do sucesso estrondoso de JOGOS MORTAIS (2004), que deixou muita gente com taquicardia no cinema e acabou gerando umas continuações não tão agradáveis, Wan partiu para algo do gênero sobrenatural. Aqui no Brasil, GRITOS MORTAIS (2007) foi parar em vídeo, mas a distribuidora acabou não resistindo e repetiu o mesmo adjetivo do filme de sucesso do diretor. Na verdade, o filme foi parar em vídeo em parte porque não era muito bom. Não que isso seja regra, claro.
Dá pra notar uma forte ligação entre GRITOS MORTAIS e INVOCAÇÃO DO MAL. Principalmente pelo prólogo de INVOCAÇÃO, pela sinistra boneca Anabelle. Neste filme de 2007, o terror inicialmente vem em um boneco também bastante assustador, e por isso a primeira parte do filme é muito boa, com o surgimento do boneco em um pacote deixado na casa do protagonista (Ryan Kwanten, um ano de se tornar famoso como o Jason, de TRUE BLOOD).
Há uma construção de clima de terror muito boa, chegando a dar medo mesmo em alguns momentos, apesar de essa construção não ser assim tão original. Assim como em INVOCAÇÃO DO MAL, o que Wan faz é aproveitar os clichês e usá-los com eficiência. Uma pena que esse início promissor não se estenda ao longo do filme, que vai se tornando até um tanto chato, principalmente à medida que a verdadeira vilã, uma entidade maligna chamada Mary Shaw, que criava bonecos para shows de ventriloquismo, cujo fantasma não apenas assombra, mas mata as vítimas, arrancando suas línguas. Sua lenda acaba sendo um tanto boba e difícil de comprar.
No mais, há o detetive de polícia que não acredita no herói e que o segue, atrapalhando o caminho, as pessoas que sabem da história e contam para que saibamos o início da assombração, e um clímax que poderia ter sido muito bom, num teatro abandonado e alagado. Infelizmente, GRITOS MORTAIS só serviu como ensaio para grandes filmes de horror que Wan faria em seguida, como SOBRENATURAL (2010) e o já citado INVOCAÇÃO DO MAL.
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