domingo, abril 07, 2013
A VIRGIN AMONG THE LIVING DEAD (La Nuit des Étoiles Filantes / Eine Jungfrau in den Krallen von Zombies / Una Vergine tra i Morti Viventi / Virgen entre los Muertos Vivientes / Christina chez les Morts Vivants)
Esta semana está sendo cruel para o mundo do cinema. No dia 2, morreu o diretor espanhol Jesús Franco; no dia 4, o crítico de cinema americano Roger Ebert. Neste sábado, dia 6, foi a vez do cineasta catalão Bigas Luna ser levado pelo ceifador. No dia da morte de Jess Franco, procurei mais um filme do diretor para prestar minhas homenagens. O último dele que havia visto fora DORIANA GRAY (1976), por ocasião da morte de sua esposa, Lina Romay, no ano passado.
Desta vez, o trabalho de Franco que eu tinha mais fácil à disposição era uma ótima cópia de A VIRGIN AMONG THE LIVING DEAD (1973), título internacional para uma produção que tem infinitos títulos, até por ser coproduzida por vários países (Bélgica, França, Itália, Liechtenstein). Existe uma versão deste filme com cenas de zumbi acrescidas por Jean Rollin, mas dizem que esta versão "estendida" não é das melhores. Que a melhor mesmo é esta versão "do diretor", com menos de 80 minutos.
Não vou dizer que foi o melhor dos filmes de Franco que vi, pois estaria mentindo. Mas também confesso que não sou de seus maiores fãs. Tenho como meu favorito ainda o clássico jazzístico VAMPYROS LESBOS (1971). Porém, se nesse que é um dos trabalhos mais festejados de Franco, há a beleza fenomenal de Soledad Miranda, em A VIRGIN AMONG THE LIVING DEAD, há também outra beldade de encher os olhos: Christina von Blanc.
Ela é a jovem que é chamada para ouvir o testamento deixado pelo seu pai, que morava num castelo afastado. Quem a leva até o castelo é um senhor com problemas mentais que só balbucia palavras sem sentido, interpretado pelo próprio Franco. Ao chegar no castelo, ela percebe que as pessoas de lá têm um comportamento um tanto estranho, mas todos parecem ser bastante atenciosos.
As coisas começam a ficar mais estranhas mesmo quando ela vê o corpo de seu pai (ainda com a forca no pescoço) pedindo para que ela fuja daquele lugar. Outro momento estranho é quando ela testemunha uma das residentes do lugar e ela está tomando um pouco do sangue de uma das empregadas da casa, usando uma faca, e não os dentes, como seria mais comum de se ver em filmes de vampiro.
Falta ao filme um mistério ou uma angústia que até mesmo uma obra considerada menor do diretor, como HISTORIA SEXUAL DE O (1984), tem. A VIRGIN AMONG THE LIVING DEAD se apoia muito na beleza de Christina von Blanc. E também de outra mulher linda, que passa o tempo quase todo seminua na casa, a portuguesa Britt Nichols, que já havia trabalhado com Franco antes em filmes como DRÁCULA CONTRA FRANKENSTEIN (1972), LA FILLE DE DRACULA (1972) e LES DÉMONS (1973). Quer dizer: estão todos em casa, mas nota-se uma tremenda preguiça de Franco em fazer de seu filme algo maior do que uma obra com elementos de terror e erotismo.
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