terça-feira, março 05, 2013

GARGANTA PROFUNDA (Deep Throat)























Este ano o filme de sexo explícito mais famoso de todos os tempos completa 40 anos. Para comemorar, um filme está para sair, contando a vida da estrela de GARGANTA PROFUNDA (1972), Linda Lovelace. A produção, intitulada LOVELACE, conta com Amanda Seyfried interpretando a mulher que foi uma das responsáveis por uma revolução sexual, já que o filme de Gerard Damiano trouxe a pornografia e principalmente a felação para o centro das discussões naquele momento.

Mas deixemos os detalhes sobre os bastidores para outra oportunidade, já que pretendo escrever um pouco sobre o documentário INSIDE DEEP THROAT (2005) em breve. Falemos do filme em si. Para começar, GARGANTA PROFUNDA, assim como a grande maioria dos filmes pornôs da década de 1970, envelheceram, no sentido de que eles não são suficientemente bons como objetos de excitação. Embora haja, claro, exceções, como os filmes de Radley Metzger. Recentemente eu vi A IMAGEM, que além de tudo é lindo e sofisticado. Ao que parece, os filmes seguintes de Damiano são melhores. Mas nenhum deles foi tão popular quanto GARGANTA PROFUNDA.

Um dos charmes deste pequeno filme de uma hora de duração está na utilização de uma trilha sonora rock nas cenas de sexo, em vez dos tradicionais gemidos. A tentativa de se criar uma história faz com que as cenas de diálogo sejam mais divertidas do que as cenas de sexo. Bom, pelo menos, até o momento em que Linda Lovelace (que atua com o próprio nome) experimenta, de acordo com orientações do psiquiatra, a tão famosa garganta profunda. Impressionante aquilo! E Linda passa mesmo a impressão de que estava mesmo com tesão, com muita vontade de aplicar aquele sensacional boquete em Harry Reems, o divertido médico louco.

Antes disso, porém, o filme é um tanto chato. Até porque as cenas de sexo com a amiga e a orgia patrocinada por ela para ajudar Linda a sentir um orgasmo parecem filmagens amadoras. Sem falar que a companheira de quarto de Linda não é lá muito bonita. O melhor momento do filme é mesmo a descoberta, no consultório médico, de que Linda não tem clitóris na vagina, mas na garganta. Trata-se, portanto, de um filme para se ver mais como uma comédia para adultos do que como um filme para se aliviar. E Linda Lovelace é uma graça, com aquele jeito de moça normal, da vizinhança, mas que tinha um encanto todo especial.

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