sexta-feira, dezembro 28, 2012
DOCE DE MÃE
Este é meu penúltimo post do ano. Amanhã encerrarei 2012 com o top 20 e o tradicional balanço anual. E é bom encerrar com um filme leve como este DOCE DE MÃE (2012), de Ana Luiza Azevedo e Jorge Furtado, exibido nesta quinta-feira na Rede Globo. Na verdade, meu interesse pelo filme é mesmo por causa da direção de Jorge Furtado. Se não fosse por ele, teria encarado este telefilme como uma espécie de A GRANDE FAMÍLIA, coisa que não me interessa muito. Se bem que no fim das contas, o filme acaba mesmo entrando por esse caminho, embora no começo tenha prometido algo mais, ao explorar a questão da velhice como centro da trama.
Ainda assim, é um bom produto televisivo e com um elenco de luxo encabeçado por Fernanda Montenegro. Há uma intenção de transformar DOCE DE MÃE em uma série, mas acho que não vai acontecer, por causa do elenco de apoio, composto por Marco Ricca, Louise Cardoso, Mariana Lima, Matheus Nachtergaele e Daniel de Oliveira. Segurar esse elenco não deve ser ser fácil.
Mas quem brilha mesmo – como deve ser – é Fernanda Montenegro, no papel da Dona Picucha, uma senhora que tem quatro filhos que já não moram mais com ela e que junta a família para comemorar um evento especial. O tal evento é que sua empregada, que a ajuda há 20 anos, vai casar e ir embora. Logo os filhos ficam loucos, sem saber o que fazer. Deixar a mãe sozinha não é bom, ela anda esquecida das coisas. E nenhum deles quer levar a mãe para sua casa.
Um dos momentos mais divertidos do filme é quando Dona Picucha decide levar Jesus (Daniel de Oliveira), um mendigo que já foi aluno de seu falecido marido, para sua casa. O mendigo acaba sendo uma boa para sua filha solteira (Mariana Lima), que ultimamente andava com umas de sexo virtual. Fernanda Montenegro, esse monstro da televisão e do cinema brasileiros, faz uma velhinha adorável sem o menor esforço e com um timing para a comédia sensacional.
O único problema que eu vi no filme foi que ele é televisivo demais. Como Furtado não faz cinema desde 2007, quando lançou SANEAMENTO BÁSICO, O FILME, talvez tenha ficado viciado com o estilo de dirigir para a televisão.
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