quarta-feira, novembro 14, 2012

HOUSE – SÉTIMA TEMPORADA (House M.D. – Season Seven)



Uma hora ou outra HOUSE teria que dar sinais de cansaço. Assim, pode-se dizer que a sétima temporada (2010-2011) foi a que chegou mais próximo disso. Mesmo os episódios finais, que normalmente dão um gás na série quando ela parece estar esfriando, passam longe de ser tão bons ou emocionantes quanto os de temporadas passadas. Será que boa parte disso se deve ao fato de os roteiristas procurarem finalmente dar momentos de felicidade afetiva a House com sua chefe, Cuddy? Acredito que não, pois enquanto os dois estão juntos até que a série traz momentos bem divertidos.

O episódio "Unplanned Parenthood", por exemplo, é um dos mais engraçados de toda a série, com House e Wilson tentando resolver se a filhinha de Cuddy de fato engoliu uma moeda enquanto os dois discutiam quem ficava de babá. Claro, Cuddy não podia saber. Na temporada como um todo, Wilson, aliás, nunca esteve tão bobão, principalmente nos episódios das apostas que ele faz com House, especialmente no episódio das galinhas.

A novidade da sétima temporada, além de começar com o romance (difícil) de House e Cuddy é a saída de cena, pelo menos por um bom período, da nossa querida Dra. Thirteen (a gatíssima Olivia Wilde). Pressionado por Cuddy, House teve que escolher outra mulher para substituir Thirteen. É quando entra em cena uma das personagens mais interessantes da série, a jovem de 18 anos Martha Masters.

Cheia de princípios, entre eles nunca mentir, nem mesmo para o paciente, a ainda estudante de medicina Masters se vê em situações bem complicadas ao longo da série. Felizmente, o episódio especial que a série lhe dá é um dos mais bonitos, amargos e impactantes da temporada. Ela merecia.

Enquanto isso, perto do final da temporada, House vai se tornando cada vez mais rude, rancoroso e capaz de fazer loucuras. O que não chega a ser nenhuma novidade para quem o conhece, mas digamos que ele se mostra capaz de ainda surpreender.

Entre os casos mais interessantes desta sétima temporada, há o do sujeito que tem o hábito de se crucificar e sentir prazer com a dor ("Small Sacrifices"); o de uma garçonete que tem uma memória extraordinária e que sofre paralisia temporária ("You Must Remember This"); e o que talvez seja a história mais comovente, "Selfish", que envolve uma garotinha de 14 anos que precisa de um doador de pulmão: seu irmão mais novo, cadeirante e que sofre de uma doença degenerativa, seria uma escolha compatível, mas ela não quer que o irmão faça esse sacrifício por ela.

Agora só falta a oitava e última temporada. Já estou sentindo saudades.

Agradecimentos especiais ao amigo Paulo Wandré, que me emprestou o box. 

P.S.: No Blog de Cinema do Diário do Nordeste, há uma matéria sobre o novo filme de Marco Dutra: QUANDO EU ERA VIVO. Veja AQUI

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