terça-feira, outubro 30, 2012

AMITYVILLE – A CIDADE DO HORROR (The Amityville Horror)



Foi conversando com um amigo que me acompanha nas caminhadas que ele acabou por deixar mais curioso a ver este filme que é tão popular e conhecido, mas que até então eu não tinha visto. Inclusive, se eu não me engano, eu deixei de ver o remake de 2005, que foi bem malhado pela crítica, por não ter visto o filme "original". E passou o tempo e só agora eu vi o hoje clássico AMITYVILLE – A CIDADE DO HORROR (1979), de Stuart Rosenberg.

E é impressionante como o filme antecipou tantos clichês que hoje vemos em filmes de horror atuais, sejam os mais genéricos, sejam aqueles que procuram inovar de alguma maneira. Não dá, por exemplo, pra não pensar na franquia ATIVIDADE PARANORMAL, que usa bastante o uso dos indicativos de tempo 1º dia, 2º dia etc. para ajudar a criar uma tensão e uma expectativa para o pior, que, se sabe, virá num crescendo.

AMITYVILLE ainda não é o filme que eu vi na televisão tempos atrás e que até hoje eu não sei o nome e que de fato me deixou com medo. Ainda assim, é uma obra e tanto dentro do subgênero "casa assombrada". Curiosamente, eu tenho em casa o romance que deu origem ao filme, de Jay Anson, mas nunca dei muita bola para o livro, que está bem velhinho e a capa meio estropiada.

Outra coisa que me tirou um pouco a atenção foi procurar saber quem era a atriz do filme. Não estava reconhecendo a Margot Kidder, vejam vocês! Só depois de uma meia hora é que fui lembrar que ela foi a Lois Lane na quadrilogia do SUPERMAN. Ela está bem mais bonita e sensual neste filme de horror, mesmo usando aqueles óculos enormes da década de 70, mas que hoje parece que voltaram à moda.

Mas deixando de lado as distrações, um dos fatores que tornam AMITYVILLE uma obra e tanto é que não estamos falando aqui de espíritos desencarnados perturbando uma casa, como em OS OUTROS ou em tantos outros filmes de horror. Trata-se aqui de demônios. E isso acaba, de uma forma ou de outra, fazendo a diferença. O drama do padre (Rod Steiger) que é expulso da casa pelas forças demoníacas e a impossibilidade dele de se comunicar com a família são coisas que perturbam bastante e que também contam pontos a favor do filme.

Outro detalhe interessante é a hora em que foram cometidos os assassinatos do prólogo do filme: às 3h15 da madrugada. Esse horário não só aparece constantemente durante este filme, mas também em outros que vi anteriormente, como O AMIGO OCULTO, de John Polson, e O EXORCISMO DE EMILY ROSE, de Scott Derrickson, dois filmes que trabalham muito bem o medo do mal em sua forma sobrenatural. Pode ser pura superstição, mas isso deve ter saído de algum lugar. "Onde há fumaça, há fogo", diz o ditado.

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