terça-feira, setembro 11, 2012
TRÊS FILMES EXIBIDOS NO FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS
Com o tempo aumentaram o número de filmes vistos e é preciso dar cabo de alguns. Falemos, então de três filmes exibidos no Festival Varilux de Cinema Francês. Curiosamente, não gostei de verdade de nenhum deles, embora tenham as suas qualidades. E como não tenho muito a falar sobre eles, vamos no rápido, rasteiro e objetivo mesmo.
O MONGE (Le Moine)
Minha expectativa para com este O MONGE (2011), de Dominik Moll, era grande. Até por eu ter gostado demais de LEMMING – INSTINTO ANIMAL (2005). Mas talvez por causa da projeção digital péssima e muito escura do Cine Del Paseo, que eu considero uma falta de respeito para com a audiência, e um sono derivado do cansaço ainda da viagem a Gramado, acabei não curtindo o filme. Talvez em outras circunstâncias, se eu tivesse deixado para ver em casa mesmo, por exemplo, o filme teria descido melhor. Até porque tem elementos de horror bem interessantes. No filme, Vincent Cassel é um monge espanhol do século XVII que passa a ser atormentado pelas tentações de Satanás. Destaque no filme para Déborah François no papel de uma mulher que se infiltra no mosteiro por amor ao monge.
AMERICANO
Tendo Salma Hayek como principal chamariz, AMERICANO (2011) foi a estreia na direção de Mathieu Demy, que também atua como protagonista. Ele é um americano que passou a maior parte de sua vida na França e que retorna a Los Angeles para resolver pendências relativas ao testamento de sua mãe recém-falecida. Sua esposa, vivida por Chiara Mastroianni, fica em casa, enquanto ele procura saber quem é uma moça chamada Lola, uma garota mexicana que costumava ser próxima de sua mãe. Ele vai parar no México e fica obcecada pela personagem de Salma Hayek. AMERICANO foi lançado recentemente direto em vídeo pela Califórnia Filmes.
ADEUS BERTHE OU O ENTERRO DA VOVÓ (Adieu Berthe - L'Enterrement de Mémé)
Este é mais um caso de comédia francesa que não faz a minha cabeça, mas que acabou sendo bem recebido pelo público do festival, que riu das piadas. ADEUS BERTHE OU O ENTERRO DA VOVÓ (2012), de Bruno Podalydès, pode até ter o seu charme, mas não deixa de ser um dos filmes mais esquecíveis do festival, por mais simpático que seja. Na trama, Denis Podalydès é um farmacêutico que tenta equilibrar sua vida entre duas mulheres: sua esposa e a amante. O interessante é que ele parece amar e ser amado pelas duas. E, como diz no próprio título, há também o caso do enterro de sua avó. A comédia leve brinca com a dúvida entre cremar ou enterrar a falecida e mostra como os franceses costumam mais complicar do que facilitar as suas vidas.