segunda-feira, março 12, 2012
SENTIDOS DO AMOR (Perfect Sense)
Como ainda não estou em casa para postar as fotos e organizar um post com mais calma sobre o show do Morrissey, talvez os fiéis leitores tenham que esperar até quarta ou quinta-feira para ver as minhas impressões sobre o tão aguardado evento. Enquanto isso, para não perder o costume e aproveitar esta segunda-feira, falemos rapidamente sobre um filme que me agradou bastante e que tem sido relativamente pouco visto, pois foi lançado direto em dvd. SENTIDOS DO AMOR (2011), de David Mackenzie, é uma grata surpresa. É uma espécie de CONTÁGIO com elementos que também lembram ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA, mostrado de um ponto de vista mais poético e romântico do que apocalíptico, embora ambos os aspectos sejam vistos.
Antes de falar do filme propriamente dito, um detalhe que eu achei interessante foi a ótima qualidade do arquivo em mp4 ripado de bluray, em 720p, com apenas 600 Mb de tamanho. Ao que parece, o futuro é o formato substituir o avi. Releases de algumas séries, inclusive, já estão estão sendo lançados no formato. Pena que nem todas as TVs widescreen o lêem. E algumas até lêem, mas não reconhecem as legendas. Felizmente a minha LG lê e pude aproveitar a belíssima fotografia do filme, que sofre modificações sutis à medida que o filme vai passando por suas crescentes fases.
Na trama, uma estranha epidemia chega à humanidade. De início, as pessoas sofrem de intensa melancolia, seguida da perda total do olfato. Porém, aos poucos, depois do choque, a humanidade passa a se acostumar a viver sem o olfato, mas as coisas começam a piorar quando outro sentido é perdido: o paladar. Antes dele, a pessoa sente uma crise de pânico terrível. A progressão de perdas, já é possível imaginar. Mas o belo do filme é que há também uma simples e bonita história de amor entre uma epidemologista (Eva Green) e um chef de um restaurante sofisticado (Ewan McGregor). O belo romance entre os dois durante esses momentos em que a humanidade vai perdendo os sentidos é o que o diferencia dos demais filmes sobre desgraças apocalípticas. É quando vemos o quanto as carícias, os beijos, o toque, o contato humano entre os corpos fazem a diferença, ainda que num mundo de grandes perdas.
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