segunda-feira, outubro 11, 2010

GENTE GRANDE (Grown Ups)



Não é a primeira vez que o diretor Dennis Dugan faz parceria com Adam Sandler. Porém, seus filmes não são tidos como os melhores da carreira do astro que ganhou fama por ter um estilo de humor bem único. O PAIZÃO (1999), EU OS DECLARO MARIDO E...LARRY (2007) e ZOHAN – O AGENTE BOM DE CORTE (2008) são os tais filmes. GENTE GRANDE (2010), a julgar pelo elenco de apoio estelar, seria um projeto mais ambicioso de Dugan e Sandler. Além de o trailer vender o filme bem, ter Sandler, Chris Rock, Rob Schneider, David Spade, Kevin James e ainda atrizes como Salma Hayek, Maria Bello e Maya Rudolph não é pra qualquer um, não.

Pena que não souberam aproveitar e o resultado, se não é um desastre completo, vai causar decepção em muita gente que espera uma comédia de rachar o bico. O máximo que o filme consegue é alguns risos tímidos, dignos de uma sessão da tarde preguiçosa. Além do mais, aqueles que se incomodam com um humor de "mau gosto" é que vão odiar mesmo. A presença de Rob Schneider já denunciava o que poderia sair dali. E Chris Rock é famoso pela "boca suja" em seus shows solo, embora no filme até esteja bem comportado. Só Sandler parece um pouco mais adepto de um humor mais inocente.

Na trama, um grupo de cinco amigos que em 1978, ainda crianças, ganharam um campeonato de basquete se reunem por ocasião do enterro do treinador deles, o homem que fez com que eles prometessem que nas suas vidas, eles fossem tão bem sucedidos quanto foram naquele jogo. E muitos se tornaram mesmo ricos, como o personagem de Sandler, que se tornou um agente em Hollywood. Os outros um pouco menos, mas ao menos nas aparências, todos parecem ter se saído bem profissionalmente.

Alguns dos melhores momentos do filme: a chegada das filhas de Rob Schneider; o uso de copos para brincar de telefone; a cara de Chris Rock ao ver o menino de quatro anos sugando os seios da mãe (Maria Bello); a roleta russa em arco e flecha; a apresentação da esposa de Schneider. Na verdade, são bem poucos os momentos bons e a maioria deles está ligada a Schneider, o dono do humor mais grosseiro da turma. O negócio é ver o filme sem muita expectativa. Tem a opção também de não ver, claro, mas quem é que segura a teimosia de gente como eu, por exemplo?

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