quarta-feira, março 17, 2010

BANQUETE DE SANGUE (Blood Feast)























Acabei vendo BANQUETE DE SANGUE (1963) depois de me sentir atraído pelos belos cartazes dos filmes de Herschell Gordon Lewis que o Primati postou em seu blog, o fundamental Cine Monstro. Os cartazes, em preto, branco e vermelho, resumem o apelo exploitation que fez a fama do diretor, tido hoje como o "pai do gore". Gordon Lewis começou a carreira fazendo filmes de nudismo, que no início dos anos 1960 era uma febre. Com a banalização do "gênero", o diretor apelou para a violência explícita, para o "sangue e tripas". E em cores, para destacar o vermelho vivo.

BANQUETE DE SANGUE está longe de ser um bom filme. Na verdade, as atuações são horríveis e não há de fato suspense, algo que seria muito bem vindo num filme de serial killer. Mas a intenção da produção é mesmo de puro entretenimento, ou causar repulsa em estômagos fracos. Para a época, deve ter sido um choque mesmo. Entre os momentos mais memoráveis, destaco a cena em que o assassino arranca a língua de uma de suas vítimas, sempre mulheres.

É possível se divertir com as falhas do filme, que o tornam mais próximo de uma comédia do que de um horror. A sequência final, com o policial explicando como conseguiu pegar o assassino é de provocar gargalhadas. A trama é bem simples: assassino serial ataca as vítimas sempre levando consigo parte de seus corpos. Ele é um devoto da deusa Ishtar e sua intenção é fazer um banquete e ofertar a ela um último sacrifício. Que aconteceria numa festa de aniversário de uma jovem estudiosa entusiasta de cultura egípcia.

Os filmes de Hershell Gordon Lewis, todos de orçamento irrisório, eram exibidos na época em sessões grindhouse (duplas) e em drive-ins e fizeram muito sucesso entre o público jovem, apesar de desprezados pela crítica. Os filmes seguintes de Lewis, MANÍACOS (1964) e COLOR ME BLOOD RED (1965) integram, junto com BANQUETE DE SANGUE, a chamada trilogia gore do cineasta.

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