quarta-feira, maio 02, 2007

VIAGEM A PORTO ALEGRE


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Com tanta coisa chata acontecendo na minha vida ultimamente, esta viagem para Porto Alegre foi um verdadeiro oásis. E espero que seja o início de uma nova fase. Mas, independente do que o futuro possa reservar pra mim, aqueles três dias que passei em companhia de amigos tão queridos ficarão guardados na minha lembrança como um momento dos mais especiais que já passei. Quero agradecer muito a hospitalidade que o Thomaz, a Luciene, o Fabrício e a Fer nos mostraram. Comecemos o relato.

Sábado

Acordar de madrugada não é bem o meu forte e cheguei no aeroporto por volta das cinco da manhã para embarcar para Porto Alegre. Sentia um pouco de dor de cabeça e torcia para que o avião chegasse logo para que eu pudesse dormir mais um pouco. Pena que o teco-teco da Gol saiu com quase três horas de atraso. E o serviço de bordo deles não é dos melhores. O que eles oferecem para os passageiros é só uma barrinha de cereal com alguma bebida. Bem diferente da Tam. Depois de ler um pouco a Paisà e o gibi dos Vingadores e de ter cochilado um pouco, cheguei ao destino desejado. Lá estavam a Fer, o Fabrício, o Thomaz e o Michel - que já havia chegado desde cedo - me esperando. E foi uma festa esse momento. Tentei tirar uma foto dos quatro me esperando, mas a máquina estava desajustada. Vou ficar com a foto desse momento só na minha memória. A Fer já tinha armado um passeio turístico pela cidade num ônibus de dois andares. Nunca tinha visto nada parecido a não ser em filme americano. Não sei se tem algo parecido aqui em Fortaleza. Acho que não tem. Sei que depois de meia hora de passeio, começou a esfriar bastante. Depois disso, o Thomaz voltou para nos pegar e a gente foi para um boteco bem legal, cheio de frases de para-choque de caminhão. Depois, rolou uma caminhada pela cidade - esqueci o nome do bairro - e em seguida fomos a uma churrascaria-rodízio que conta com shows de danças típicas. Muito legal. A estadia foi melhor do que eu imaginava. O Thomaz tinha dito que eu e o Michel íamos dormir nos sofás da sala, mas quando a gente chegou lá havia duas camas no quarto. Uma beleza. O Thomaz tem tanto DVD, CD, VHS e livro que três estantes não são suficientes para guardar tudo. Ele até gravou uns filminhos pra mim. Saí de lá com cópias de DIABOLIK, do Mario Bava, e de FOI DEUS QUEM MANDOU, do Larry Cohen. E eu gostei muito da Luciene, a simpática e atenciosa esposa do Thomaz.

Domingo

Quando acordamos já eram quase onze da manhã e o Thomaz nos levou lá para o Brique da Redenção, um lugar muito bonito onde as pessoas passeiam com seus cachorros e suas garrafas de chimarrão e onde se vende bugigangas e comida e onde artistas populares se apresentam. As pessoas da cidade são muito bonitas. É cada mulher linda passando pelas ruas que eu tive vontade de ficar por lá mesmo. A Fer e o Fabrício encontraram a gente lá no Brique e de lá fomos experimentar o cachorro-quente mais famoso da cidade. Além de gostoso, o hot dog é enorme. Tão grande quanto o "xis" que eu havia comido no sábado. Inclusive, essa é outra característica do povo gaúcho: comer muito. Depois do hot dog e do ataque das abelhas assassinas, o Thomaz nos levou para outro passeio, lá pelos lados do Rio e do Gasômetro. A parada seguinte foi num cinema onde estava sendo exibido o festival "É Tudo Verdade", onde vimos três curtas do Kieslowski. Depois fomos ao Panchos, um restaurante uruguaio que serve uma das comidas mais deliciosas que eu já comi na vida. E olha que eles servem a carne mal passada, que eu normalmente não gosto, mas que dessa vez eu não resisti. Experimentei um pouco da cerveja uruguaia também. Depois de comer bem muito, ainda fomos para um bar inspirado em gibis europeus. Bem legal lá. Pena que não conseguimos comer mais nada. Como esse bar era pertinho do apartamento da Fer e do Fabrício, a noite terminou com alguns episódios de SEINFELD.

Segunda-feira

Era aniversário do Thomaz e, como a terça-feira era feriado, muita gente não estava trabalhando. Pela manhã, assistimos a O MANÍACO DO OLHO BRANCO, que eu tinha vontade de ver desde os tempos que o Carlão o elogiava em sua saudosa coluna. Depois teve outra refeição farta. Perto da casa do Thomaz tem esse restaurante com rodízio de churrasco. E eu fiquei impressionado como a comida é barata lá. A gente não visitou os cemitérios, como o Christian depois sugeriu, mas pôde visitar um hospital. É que a Fer estava com o pé inchado e doendo e tivemos que dar um pulinho lá - quer dizer, a Fer não podia dar pulinho nenhum com o pé daquele jeito. Com o Thomaz indo trabalhar e a Fer doente, o Fabrício teve que aturar a gente. Fomos ao Shopping Bourbon ver algum filme. Pena que as opções de lá não eram tão atraentes. Mesmo assim, estava passando O CHEIRO DO RALO lá e, na falta de outra opção, o Michel aceitou rever o filme. Depois disso, parada pra fazer uma boquinha num café no shopping. E conversar bastante. A hora da festa do Thomaz estava perto e voltamos pra casa. A festa foi a maior reunião de pessoas da Cinefelia - ou que já fizeram parte da lista - que eu já vi. Além do quinteto reunido, encontramos por lá o Christian, o Gustavo, o Tiagón e o Matheus, que também estava aniversariando. Pena que nem o Rodrigo, nem o Marcus Mello e nem o Davi Pinheiro apareceram por lá. Eu custei a me enturmar, já que lugar onde tem muita gente me deixa um pouco desnorteado, mas depois fui me adaptando. O Christian é uma grande figura. Conhecê-lo pessoalmente aumentou a admiração que eu já tinha por ele. Torço pra que ele consiga publicar aqueles contos geniais que escreve. O relato de que uma senhora foi procurar um filme chamado "O Segredo de Mountain Bike" na locadora onde ele trabalha foi memorável. O Gustavo é gente finíssima. E de uma gentileza... E até que a gente conversou um bocado. O Tiago teve que sair mais cedo, e quando ele estava na mesa eu ainda estava em "fase de adaptação" ao ambiente, me sentindo meio deslocado. Por isso, não pudemos conversar direito. Sei que na hora que a gente saiu de lá já eram quase quatro da manhã e um nevoeiro havia invadido a cidade.

Terça-feira

Como já estava perto de amanhecer, o Thomaz achou melhor a gente ficar conversando e vendo o show dos Mutantes, com a Zélia Duncan na formação. Gostei bastante. Mas, como diriam os Teletubbies, era hora de dar tchau. Na hora de pegar o avião, vi que o aeroporto estava fechado por causa da forte neblina. O tempo só iria limpar duas horas depois e o atraso no vôo acabou prejudicando a conexão em São Paulo. Resultado: teria que pegar o vôo para Fortaleza apenas às 20h50. Como eu estava cansado pra caramba e sonhando com uma cama macia, fiquei triste com a notícia. Mas tentei levar pelo lado bom e já estava pensando em pegar umas duas sessões de cinema enquanto esperava a hora. A sorte é que eu vi que a Gol estava oferecendo uma hospedagem num hotel para os clientes prejudicados pelo atraso. Assim, fui parar num hotel de luxo, o Dobly, lá em Guarulhos mesmo. Chegando no hotel, a fome era tanta que eu perguntei logo onde ficava o restaurante. A comida era deliciosa, o banho foi dez e a cama era um sonho. Pra quem estava cansado, com fome e com sono aquilo era tudo que se podia querer na vida. E eu ainda ia ter direito ao jantar também, mas não estava com fome e preferi comer no aeroporto mesmo. Só cheguei em Fortaleza à meia-noite e minha irmã foi me buscar. Com tanta gente me tratando tão bem de uma ponta a outra do país, eu me senti, naquele momento, um sujeito de muita sorte.

Quem quiser ver as fotos em tamanho maior, é só clicar no link.

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