sexta-feira, abril 27, 2007
NOTAS SOBRE UM ESCÂNDALO (Notes on a Scandal)
O final de semana promete. Estarei em Porto Alegre, onde conhecerei pessoalmente o Thomaz, o Fabrício, o Gustavo e o Tiagón e vou poder rever a Fer e o Michel, o amigão paulista que também aportará em terras gaúchas. Acredito que essa viagem vai me fazer muito bem, já que os últimos dois meses não foram fáceis pra mim. Estou precisando de um pouco de alegria para aliviar as tensões e afastar as nuvens negras. E o fim de semana começou bem, já que chegou lá em casa o meu box da segunda temporada de TWIN PEAKS, que é uma coisa que eu aguardo ver há mais de quinze anos! Mas isso é assunto pra outro post. Falemos de NOTAS SOBRE UM ESCÂNDALO (2006), que é um filme que eu vi há mais de duas semanas e que já não está mais tão fresco na memória.
O maior atrativo do filme pra mim é Cate Blanchett, que, apesar de ser tão protagonista quanto Judi Dench, foi indicada ao Oscar como atriz coadjuvante. Coisas da política de Hollywood. Eu não vou muito com a cara de Judi Dench, que tem aquela cara de professora chata e antipática e talvez por isso mesmo o papel que ela pegou nesse filme tenha ficado perfeito. Ela interpreta uma professora veterana que se interessa de maneira bem estranha por uma professora novata (Cate Blanchett). Aos poucos as duas vão se aproximando. O filme sofre uma reviravolta quando a velha professora pega Cate Blanchett fazendo sexo oral em um de seus alunos adolescentes. A partir daí a personagem de Judi Dench vai se tornando cada vez mais odiosa na trama, a ponto de eu querer que alguém pelo amor de Deus mate a velha. E NOTAS SOBRE UM ESCÂNDALO é envolvente o suficiente para provocar essas reações no espectador.
Muito da força do filme vem do roteiro, assinado por Patrick Marber, o autor da peça que deu origem a CLOSER - PERTO DEMAIS, de Mike Nichols. Por isso, NOTAS SOBRE UM ESCÂNDALO também possui alguns diálogos mordazes como o filme de Nichols. A música de Philip Glass também contribui para o tom elegante do filme, ainda que dessa vez ele tenha se saído mais discreto do que o costume. Os personagens coadjuvantes, como Bill Nighy, no papel do marido de Cate, e o jovem adolescente que tem um caso com a professora, também estão corretos. O diretor, o inglês Richard Eyre, é o mesmo de IRIS (2001) e A BELA DO PALCO (2004). E já que o Milton andou falando sobre Siouxie and the Banshees em seu blog, inspirado numa discussão aqui no blog, não custa destacar que toca uma canção da banda no filme, chamada "Dizzy".
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