segunda-feira, novembro 06, 2006

JOGOS MORTAIS 3 (Saw III / Saw 3)



Uma das franquias mais lucrativas dos últimos tempos está de volta. Os produtores não esperaram nem o povo sentir saudades. Enquanto o negócio tiver dando dinheiro, deve-se produzir um novo produto para as massas o mais rápido possível. Eu até já tinha me esquecido de JOGOS MORTAIS 2 (2005) de tão fraco que achei. JOGOS MORTAIS 3 (2006) ao menos consegue superar o segundo filme, embora esteja longe de ser um bom filme. Ainda assim, dou o braço a torcer em confirmar Jigsaw como um dos vilões mais marcantes da atualidade. (Se bem que esse negócio de dar braço a torcer pra Jigsaw é muito perigoso. Reconsidero o que falei.)

Um dos méritos desse novo filme é conseguir dar unidade aos três filmes, coisa que o segundo não fazia muito bem. O segundo parecia uma versão mais tosca do primeiro com irritante tiques nervosos de videoclipe. JOGOS MORTAIS 3 aproveita a moda dos flashbacks popularizados em LOST e fecha as pontas soltas dos dois primeiros filmes, mostrando detalhes da admissão de Amanda à assessoria de Jigsaw. O filme aposta no sadismo do público e pega bem mais pesado dessa vez. Entre as cenas campeãs de rostos virando no cinema estão: a cena da cirurgia na cabeça de Jigsaw, a cena da mulher metendo a mão em tanque de ácido e a do sujeito rasgado por ganchos.

Na sessão em que eu estava, um sujeito virou o rosto inúmeras vezes. Ele deve ter perdido boa parte do filme, já que JOGOS MORTAIS 3 é um festival de carnificina e brincadeiras de mau gosto. Há um fiapo de história, mais ligada à discípula Amanda e à Lynn, uma médica "contratada" para cuidar do moribundo perverso. Colocam um colar com uma bomba na coitada. Se Jigsaw morrer, ela morre também. Ao mesmo tempo, acompanhamos o drama de um homem que perdeu um filho num acidente de carro e tem a sua capacidade de perdoar posta em xeque.

Dia desses li uma matéria que falava sobre o novo cinema de horror. Citavam Alexandre Aja, Rob Zombie, Eli Roth. Aí colocaram Darren Lynn Bousman no meio dessa turma, coisa que eu acho um absurdo. Só se for para destacar a sua falta de talento. Por mais que O ALBERGUE seja um filme absurdamente pesado e um pouco sádico, Eli Roth faz toda a diferença.