segunda-feira, setembro 26, 2005

OS GATÕES - UMA NOVA BALADA (The Dukes of Hazzard)

 

Das duas uma: ou eu ando muito mal humorado ou OS GATÕES - UMA NOVA BALADA (2005) é mesmo o pior filme que eu vi esse ano no cinema. Aliás, filme ruim nos cinemas tem sido uma constante nessas últimas semanas. Nesse mês de setembro, por exemplo, eu só vi um título realmente ótimo, que foi AMOR EM JOGO, dos irmãos Farrelly. Infelizmente, o melhor do cinema não está no cinema, mas nas locadoras, onde pérolas de épocas melhores pipocam a cada dia para alegria dos cinéfilos mais exigentes. 

E exigência é uma coisa que você não deve ter nem em pequena quantidade, se você quiser curtir OS GATÕES - UMA NOVA BALADA. A começar pelo título, bastante constrangedor pra se pedir na bilheteria do cinema - eu nem lembro da série de TV que inspirou o longa. Falando em situação constrangedora, na sala vizinha, estava passando COISA DE MULHER, um tipo de filme que você, se for asssitir, não vai querer ser visto por ninguém conhecido. 

Na mal amarrada e confusa estória do filme, Johnny Knoxville e Seann William Scott são dois primos que entregam bebiba fabricada pelo tio (Willie Nelson) na cidade. Knoxville é do tipo mulherengo e garanhão; Scott já é mais "sensível": chega até a desmaiar quando uma mulher bonita o beija. os dois tem uma prima muito gostosa que trabalha de garçonete num bar (Jessica Simpson). Eles ficam sabendo que um rico homem de negócios da região (Burt Reynolds) quer comprar boa parte do terreno da cidade para transformar numa mina de carvão. 

A melhor coisa desse OS GATÕES é mesmo a presença radiante de Jessica Simpson, sempre aparecendo com shortinhos minúsculos e decotes generosos. Numa cena, ela até aparece de biquini para a alegria dos marmanjos. Mas isso não é lá motivo pra você sair de casa para ver esse filme, a não ser que você esteja com uma turma bem divertida. Na sala em que eu estava, só tinham alguns poucos gatos pingados e eu não ouvi sequer uma risada. Talvez pela minha contabilização, eu tenha rido (silenciosamente) uma vez. Quem se liga em corridas de automóvel - como o meu sobrinho de 12 anos, por exemplo - é possível que curta o filme. Pra mim, é despretensioso até demais. Eu deveria ter ficado em casa. 

P.S.: No ar, no Cinema com Rapadura, nova coluna sobre o fenômeno LOST.

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