sexta-feira, outubro 15, 2004

LUXÚRIA (Senso '45)



Uma decepção esse novo filme de Tinto Brass. Quer dizer, o mais novo filme dele chama-se FALLO! (2003), que, se eu não me engano, passou na última Mostra Internacional de Cinema do Rio. Mas o último a sair nas locadoras do Brasil é esse LUXÚRIA (2002). A direção de arte não é problema, é excelente. Brass já tinha realizado bons filmes de época antes como SALÃO KITTY (1976), AMOR E PAIXÃO (1988) e a super-produção CALÍGULA (1979). O problema principal desse filme é que dá a impressão que Brass ficou broxa. Esse filme tem pouco sexo e o pouco que tem não chega a animar.

LUXÚRIA tem uma história de amor meio sem graça de uma coroa italiana casada que se apaixona por um jovem oficial nazista alemão durante a Segunda Guerra Mundial. O filme só se recupera nos 70 minutos (eu já estava pra desistir do filme), quando acontece uma boa cena de orgia. Depois dessa cena, a trama melhora também, quando a mulher se descobre traída pelo oficial sacana. O final também é bem interessante e ajuda a balancear um pouco a primeira metade ruim: mostra o que uma mulher traída é capaz de fazer.

Tinto Brass precisa voltar a fazer filmes com mulheres lindas e gostosas como Claudia Koll, de TODAS AS MULHERES FAZEM (1992), ou Katarina Vasilissa, de O VOYEUR (1994) ou Yuliya Mayarchuk, de A PERVERTIDA (2000). Porque o que a gente quer ver nos filmes de Brass é mulher bonita e sacanagem. Não como em filmes pornôs, claro, mas aquela sacanagem típica do cinema do veneziano. Aquela sensação de estar vivo e pulsando. Se é que vocês me entendem.

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