VIDOCQ
VIDOCQ (2001) é um exemplar desse novo cinema francês, mais ligado ao visual e aos filmes de ação do que ao verbo e aos dramas psicológicos. E por visual entenda-se fotografia estilosa e direção de arte caprichada. Nem sempre o resultado é bom: é possível encontrar filmes de alto nível como PACTO DOS LOBOS (2001), de Christopher Gans, e outros nem tão bons assim como DOBERMANN (1997), de Jan Kounen .
O Vidocq do título é interpretado por Gerard Depardieu. Pena que ele aparece pouco no filme. O personagem foi inspirado num investigador criminal que viveu na França no século XIX. Só que o filme não se preocupou em falar sobre o verdadeiro Vidocq, mas criou uma ficção inspirada nos quadrinhos, com direito a super-vilão de primeira. O vilão é uma das melhores coisas do filme. Ele tem super-poderes e usa uma máscara que reflete o rosto das vítimas quando elas estão sendo assassinadas.
A história começa com a morte de Vidocq pelo vilão e prossegue a partir da investigação de um sujeito que diz ser o biógrafo de Vidocq. Ele pretende descobrir quem é o assassino do investigador. Aí alguns flashbacks ajudam a contar pedaços da história de Vidocq, a partir dos entrevistados. O problema é que o filme vai ficando chato lá pelo meio e só melhora de novo no final quando somos surpreendidos com uma revelação bombástica.
É um filme que mereceria ser visto no cinema por conta das imagens impressionantes, mas parece que nenhuma distribuidora se interessou e nem em DVD o filme chegou no Brasil ainda.
O diretor de VIDOCQ - Pitof - mal começou e já se deu mal. Depois de sua estréia bem sucedida na França, foi convidado para dirigir o filme da Mulher-Gato em Hollywood. Aquele com a Hale Berry de fantasia sado-masô. Só pelas fotos de divulgação do filme todo mundo está apostando que vai ser uma bomba. A própria Hale Berry já tá querendo esquecer que fez o filme.
Filme visto em divx.
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