EM CARNE VIVA (In the Cut)
Sexta-feira. Estou torcendo pra que esse fim de semana seja bom (pelo menos, amanhã tem show do Los Hermanos). Esse que passou foi frustrante. Só dor. Dor nas costas, dor no braço. Só um filme no cinema e uma saída à noite pra uma casa de shows, no sábado. A banda era ordinária. Começou com Lulu Santos e terminou com Xuxa. Fala sério. Mas o lugar, The Pub, é bom. Valeu conhecer. E as doses de rum funcionaram como analgésico.
O filme que eu fui ver foi o famoso filme censura 18 anos com a Meg Ryan. Pois é. Esse mundo tá perdido mesmo. A minha musa das comédias românticas, a Doris Day da nossa geração, de quem eu cheguei a me apaixonar em 1990, quando vi HARRY E SALLY, dessa vez faz cenas ousadas de sexo no cinema. E não é que ela é boa. Só tem as pernas um pouco finas e um jeito de andar meio estranho, mas a mulher na cama manda bem (bom, pelo menos no filme). Parece que Jane Campion se aproveitou um pouco daquela cena de HARRY E SALLY, em que Meg Ryan finge um orgasmo para Billy Crystal, para mostrar ela gozando de verdade (ok, a gente sabe que é um filme, mas ficou convincente.)
E, ao contrário do que muita gente anda dizendo por aí, EM CARNE VIVA (2003), é muito bom. Vemos o filme sempre pelo ponto de vista da personagem de Meg. E, assim como ela, suspeitamos da mesma pessoa como serial killer. Mark Ruffalo está muito bem como o policial que se envolve com Meg. A personagem de Jennifer Jason Lee é meio estranha e nunca fica claro qual é o seu problema. Muitas coisas são deixadas no ar. Há muitas imagens desfocadas de vez em quando e o filme se inicia com uma bela versão de "Quem será, será", que foi cantada pela Doris Day, no clássico do Hitchcock O HOMEM QUE SABIA DEMAIS. E há o sexo. Logo no início do filme vemos uma cena de boquete explícita.
O sexo parece ser um tema constante na filmografia de Jane Campion. O filme que eu mais gosto dela é FOGO SAGRADO (1999), que mostra a nossa querida Kate Winslet nua em pelo e humilhando o apaixonado Harvey Keitel. Também curto O PIANO (1993) e RETRATO DE UMA MULHER (1996), apesar de achá-los um pouco soporíferos. Mas nada como uma noite de sono bem dormida para apreciá-los.
Pra encerrar, meu Top 5 Jane Campion:
1. FOGO SAGRADO
2. EM CARNE VIVA
3. O PIANO
4. RETRATO DE UMA MULHER
5. UM ANJO EM MINHA MESA
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