SOL VERMELHO (Soleil Rouge / Red Sun)
Esse filme de Terence Young (diretor do primeiro filme de James Bond) traz três ícones do cinema mundial: Charles Bronson (EUA), Toshiro Mifune (Japão) e Alain Delon (França). Pra completar, a mais sexy das bondgirls está presente no elenco, trazendo um pouco de beleza àquele ambiente árido do velho oeste.
Na trama, Bronson é um fora-da-lei que é traído pelo parceiro de crime (Alain Delon), após um assalto a trem. Também presente no trem está Toshiro Mifune, um samurai que acompanha o embaixador do Japão em visita aos EUA. Com o objetivo de vingar um amigo samurai assassinado pelo bando de Delon e pegar de volta a espada roubada, ele se junta a Charles Bronson a fim de encontrar o bandido. Cada um com um objetivo: Bronson quer o dinheiro do assalto; Mifune quer a morte de Delon e a espada milenar roubada. Caso ele não consiga pegá-lo em tempo hábil, ele praticará harakiri.
Interessante que o filme antecipa um pouco o que se viu recentemente em O ÚLTIMO SAMURAI. Há aqui também um samurai que sabe que é um ser em extinção por causa das mudanças que o Japão estava passando. O personagem de Toshiro Mifune é o que mais dá dignidade ao filme, que é contado de maneira bem leve, como uma aventura. Bronson também está bem, interpretando o mesmo tipo visto na maioria de seus filmes, com aquela expressão tranqüila e quase sempre sorrindo. Já Delon está bem canastrão como o vilão da história. O clichê dos dois sujeitos totalmente diferentes que se tornam amigos não chega a incomodar e funciona muito bem na história.
O filme é de 1971 e já a partir dos anos 60 era comum fazerem westerns protagonizados por foras-da-lei, ao contrário dos westerns da década de 40 e 50, mais centrados em homens da lei ou pessoas de caráter, ainda que a maioria seja tudo matador de índio. Por falar em índios, os comanches dão um toque todo especial ao clima selvagem da época.
A fita que eu peguei já estava bem velhinha e com a imagem meio borrada. Mas perfeitamente assistível.
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