sexta-feira, dezembro 30, 2016

O PLANO DE MAGGIE (Maggie's Plan)























Minha simpatia por Ethan Hawke é antiga. Desde quando ele era adolescente ainda, fazendo o papel do rapaz tímido de SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS, de Peter Weir. Depois ele foi aparecer em outro dos filmes da minha vida, ANTES DO AMANHECER, de Richard Linklater, vivendo um personagem que reapareceria em mais outros dois filmes. Já Greta Gerwig é amor recente. A moça parece saída de um filme de Woody Allen e encantou a muitos com FRANCES HA, de Noah Baumbach. Desde então, cada filme em que aparece tem sido uma alegria.

O PLANO DE MAGGIE (2015), de Rebecca Miller, pode não ser dos melhores da diretora, mas é um filme extremamente simpático, até por contar com a presença desse casal de atores e ainda trazer como bônus Julianne Moore, como a esposa megera do personagem de Hawke. Já Greta é a Maggie do título, uma moça que trabalha no Departamento de Artes de uma universidade e que gosta muito de se planejar. Acredita que já está na hora de ser mãe e, como não está namorando, quer conseguir um filho por meio de inseminação artificial. Já até tem um doador de esperma.

Tudo estava indo muito bem até que ela conhece John (Hawke), um professor e autor que está atualmente preparando o seu primeiro livro de ficção. Ela nutre simpatia por ele desde o início, sabe que ele é casado, mas não esperava que ele fosse cair em seus braços tão rapidamente, dado o casamento em crise. Assim, ele entra em sua vida, mas não do jeito que ela gostaria. John é bastante egoísta e muito centrado em seu trabalho e muito pouco na nova esposa e no filho que tem em comum com ela. Aos poucos, Maggie vai percebendo que estaria muito melhor sozinha. E começa a pensar que não seria má ideia devolvê-lo à ex.

O esqueleto da trama em si é divertido. Mas uma pena que o texto não seja tão bom e Rebecca Miller confunda leveza com falta de profundidade em seus personagens, fazendo com que a gente se importe muito pouco com eles. Ainda assim, é desses filmes que divertem pelas situações apresentadas. Sem falar que Hawke e Greta possuem personas fortes o suficiente para levarem o filme nas costas. Quanto a Rebecca Miller, esperava-se mais da diretora dos ótimos O TEMPO DE CADA UM (2002) e de O MUNDO DE JACK & ROSE (2005).

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