sábado, junho 25, 2016
QUATRO FILMES DE SUSPENSE
Cada vez que eu vejo as minhas quatro páginas de títulos de filmes esperando para serem comentados aqui no blog me dá certo desespero. E por isso postagens como essa, com comentários rápidos e rasteiros, precisarão ser feitas com uma frequência maior do que eu gostaria. No caso desses quatro filmes, terei que apelar para sinopses a fim de lembrar detalhes que a memória já tratou de esquecer. Todos eles são do gênero suspense.
PERSEGUIÇÃO VIRTUAL (Open Windows)
Não resta dúvida que meu interesse por esse filme tenha se dado por causa da presença de Sasha Grey, ex-atriz pornô que tem enveredado de vez em quando pelo entretenimento mainstream, graças ao empurrãozinho que Steven Soderbergh deu a ela em CONFISSÕES DE UMA GAROTA DE PROGRAMA. Sua passagem pela série ENTOURAGE também foi bastante marcante, interpretando ela mesma, ou a persona que ela criou, melhor dizendo. Em PERSEGUIÇÃO VIRTUAL (2014), o diretor espanhol Nacho Vigalondo faz um exercício em estilo e experimentação bem interessante, usando especialmente webcams e tecnologia de computação de ponta. Na trama, Sasha Grey é uma atriz que se recusa a comparecer a um concurso no qual um rapaz havia ganhado um jantar com ela. O sujeito, decepcionado, pede a um hacker (Elijah Wood) para vigiar os passos da atriz. O que o jovem hacker não sabia é que ele também estava sendo usado como marionete nos jogos do rapaz, um psicopata interessado em matar a atriz. O filme é narrado em tempo real.
O GAROTO DA CASA AO LADO (The Boy Next Door)
Eis um caso de filme que parece ruim e que talvez seja mesmo ruim, mas que eu confesso que curti bastante. O GAROTO DA CASA AO LADO (2015, foto), de Rob Cohen, deve muito de seu sucesso (se é que dá pra dizer isso) à presença de cena de Jennifer Lopez, que está estonteante e sensual como uma professora que perto de se divorciar e que acaba tendo uma aventura com o rapaz que recentemente se tornou seu vizinho. O problema é que o sujeito se recusa a se afastar dela, faz ameaças na escola (ele se matricula lá para infernizar a vida da mulher) e seu modo psicopata vai se apresentando num crescendo cada vez maior. É um filme que pode ser visto como uma versão oposta (de inversão de gêneros) de ATRAÇÃO FATAL, inclusive com direito a cenas bem interessantes de sexo. O crescendo de suspense é tanto que o filme tangencia o gênero horror lá perto do final, com sequências bem violentas.
ANTES DE DORMIR (Before I Go to Sleep)
Um dos pontos positivos de ANTES DE DORMIR (2014), de Rowan Joffe, é que é um filme que nos coloca nos sapatos da personagem de Nicole Kidman, uma mulher que desperta sem se lembrar absolutamente nada do que aconteceu na sua vida nos últimos 20 anos, depois de um acidente sofrido. O marido (Colin Firth) tem a tarefa de estar sempre lembrando a ela de sua vida através de um mural de fotos e detalhes do passado. Aos poucos, porém, ela percebe que tem alguma coisa estranha e passa a desconfiar do marido e de todos que tentam aprisioná-la. Principalmente quando recebe uma ligação de alguém interessado em alertá-la para o que está acontecendo. A trama é meio rocambolesca e o suspense nem sempre é eficiente, mas é um filme que tem o seu grau de interesse.
OLHOS DA JUSTIÇA (Secret in Their Eyes)
Este é o filme que todo mundo dizia que não deveria ter sido feito. Isso porque a versão original argentina, O SEGREDO DOS SEUS OLHOS (2009), já é tido em alta conta como um dos melhores thrillers latino-americanos do cinema recente. Mas os americanos têm mesmo esse costume de querer refilmar sucessos internacionais com elenco hollywoodiano para vender para um público que não quer ver filmes com legendas – refiro-me aos americanos aqui. Mas até que OLHOS DA JUSTIÇA (2015), de Billy Ray, tem as suas qualidades, especialmente se o vemos como uma obra independente. Na trama, a vida dos investigadores do FBI Ray (Chiwetel Ejiofor) e Jess (Julia Roberts) e da procuradora Claire (Nicole Kidman) é abalada com o assassinato da filha adolescente de Jess. A busca pelo assassino se torna uma obsessão para todos os envolvidos. O filme se passa em um intervalo de tempo que apresenta os personagens em dois estágios de suas vidas e as surpresas que o roteiro traz são bem-vindas. No fim das contas, se visto com um pouco de carinho, é possível gostar do filme sim.
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