sábado, junho 14, 2014

A FACE DO MAL (Haunt)























Ver um horror genérico como A FACE DO MAL (2013) passa até uma impressão de que todos os bons filmes do gênero já foram feitos. É uma sucessão de tantos clichês manjados, de tantos sustos forçados e uma história de fantasmas sem inspiração que chega a ser difícil ter um pouco de boa vontade com o filme, por mais aficionados que sejamos ao gênero horror.

O que poderia ter salvado o filme seria uma direção inspirada que pudesse fazer com que o monstro fosse suficientemente assustador. Por mais que tenham até caprichado no visual da criatura fantasmagórica, que lembra um pouco a de MAMA, de Andrés Muschietti, o resultado no final é desanimador, pois os sustos só vêm por causa do áudio e não por causa de algum arrepio causado pela capacidade de causar medo.

Na trama, ouvimos a voz de Jackie Weaver apresentando uma história de fantasmas, que, segundo sua personagem, sempre começa com uma casa. Para a família dela foi assim. E logo o filme conta rapidamente o que ocorreu na casa antes que os novos habitantes cheguem. O curioso é que, diferente da maioria dos filmes de fantasmas, esse aqui prefere apostar apenas em dois personagens: Evan (Harrison Gilbertson), o jovem que vem com a família, e a garota que ele encontra chorando na floresta Sam (Liana Liberato).

Os dois começam um relacionamento afetivo que se inicia de maneira rápida. Inclusive, no início dá pra suspeitar um pouco de Sam, pelo fato de ela ser a estranha que surge do nada e detém alguns mistérios. Porém, aos poucos vemos que a vilania vem de outro lado. E está naquela casa para atormentá-los ou mesmo tirar a vida daquela família, como tirou a da família anterior, cujo patriarca tentou um contato com os filhos mortos usando uma espécie de rádio, que seria peça importante na história da nova família.

Há alguns flashbacks um pouco confusos que surgem em sonhos do protagonista e há sim alguns sustos, que são reforçados pela potência das caixas de som do cinema. O que poderia ser um truque válido se o filme conseguisse assustar também através de recursos mais criativos. Como não é o caso, é sair do cinema com aquela sensação de que não faria mal ter ficado em casa.

Uma curiosidade quanto ao currículo do diretor Mac Carter: ele havia dirigido apenas um filme antes, um documentário chamado SECRET ORIGINS: THE STORY OF DC COMICS (2010), que certamente deve ser um item do interesse de muitos fãs de quadrinhos de super-heróis, especialmente os decenautas.

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