terça-feira, dezembro 03, 2013
THE SEASONING HOUSE
Até que o cinema mainstream tem explorado pouco o tema do tráfico de mulheres para fins de prostituição. Um dos casos mais famosos vem do cinema underground, o sueco THRILLER – A CRUEL PICTURE, de Bo Arne Vibenius, que só ganhou fama mesmo por causa de Quentin Tarantino que o homenageou em KILL BILL. (Ah, tem o PARA SEMPRE LILYA, de Lukas Moodysson, também. Havia me esquecido deste.)
THE SEASONING HOUSE (2012), de Paul Hyett, tem temática semelhante: a protagonista é uma garota surda-muda que vê seus pais serem assassinados por soldados sérvios durante a Guerra da Bósnia e é levada junto com outras garotas para um prostíbulo onde elas são drogadas para se tornarem viciadas e se comportarem mais calmamente diante dos clientes, alguns deles bastante violentos.
A protagonista fica com o trabalho de injetar as seringas, "ouvir" as súplicas de cada moça presa na cama e arquitetar, a partir do conhecimento que adquire do lugar e da confiança que conquista do chefe do bordel, a sua tão sonhada vingança. O filme possui cenas de violência gráfica bem fortes, mas nada que vá deixar o espectador tão impressionado, se ele já tem uma boa experiência em filmes sangrentos.
Uma das qualidades de THE SEASONING HOUSE, além da ótima performance de Rosie Day, a garota, é o bom andamento narrativo, que nos deixa com os olhos grudados na tela do início ao fim. O filme é uma produção britânica e falado em inglês, mas faz com que pensemos que foi produzido na Península Balcânica.
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