domingo, maio 12, 2013

O ÚLTIMO EXORCISMO – PARTE 2 (The Last Exorcism – Part II)























Diferente de O ÚLTIMO EXORCISMO (2010), que utilizava o recurso do mockumentary e da câmera na mão, O ÚLTIMO EXORCISMO – PARTE 2 (2013) segue um registro mais tradicional, dessa vez trazendo a personagem da moça possuída pelo demônio do primeiro filme, e que sobreviveu ao terrível ritual satânico, como protagonista. Ela tenta reconstruir sua vida em outra cidade.

O filme, agora dirigido pelo canadense Ed Gass-Donnelly, até começa bem, com um momento realmente assustador envolvendo um casal. O medo envolve a sala e trata-se de um belo prólogo que antecipa os créditos iniciais. Uma pena que esse momento tão cheio de suspense e terror seja a única coisa verdadeiramente boa do filme, já que o restante mostra apenas a jovem e tímida Nell (Ashley Bell) tentando se adaptar à nova vida e à companhia das colegas de pensão, enquanto é perseguida pelo demônio até em aparelhos eletrônicos. Quanto à sua difícil adaptação, o problema é que todo mundo sabe o que ocorreu com ela e existe até vídeos na internet das gravações feitas no primeiro filme.

Se bem que esse é o menor dos problemas para Nell, já que o que pega mesmo é o fato de o demônio continuar em seu encalço. O filme até tenta trazer algo de novo, ao mostrar o carnaval de Louisiana e pessoas de máscaras olhando para ela, numa tentativa de estabelecer um clima de mistério e terror que anteciparia o que o título do filme apresenta: mais um exorcismo.

E dessa vez não é com um pastor cético, como no primeiro filme, mas com uma feiticeira pagã, uma mulher que percebe a presença do demônio e se oferece para ajudá-la. Isso não deixa de ser um diferencial dentro da história dos filmes de exorcismo, embora POSSESSÃO, de Ole Bornedal, lançado no ano passado, também tenha trazido um exorcista diferente do usual: um rabino.

Pena que esse detalhe não seja o bastante para tornar o filme interessante o suficiente. Além do mais, a protagonista, por mais que convença no papel de uma moça tímida do interior, só ajuda a contribuir para uma história cheia de clichês e de sustos baratos (por que insistem em colocar pássaros que se atiram nas janelas?). Com a exceção do prólogo, pouco ou nada chega a assustar ou causar medo no espectador.

Uma coisa que merece destaque é o cartaz do filme, um dos mais horríveis já feitos nos últimos anos. Parece saído de uma dessas comédias ruins de paródias de filmes. Ainda assim, O ÚLTIMO EXORCISMO – PARTE 2 consegue ser superior ao original, o que não é um mérito tão grande assim.

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