sexta-feira, janeiro 25, 2013
AMERICAN HORROR STORY – ASYLUM
Depois de uma primeira temporada um tanto desarranjada – para muitos, algo digno de se jogar no lixo –, eis que AMERICAN HORROR STORY – ASYLUM (2012-2013) conseguiu ser satisfatória do início ao fim. A ideia de contar uma história totalmente diferente a cada temporada foi uma decisão acertada dos produtores. Ninguém ia querer ver de novo aqueles personagens da casa assombrada. Mas começar do zero, com uma trama totalmente nova (ainda que com os rostos familiares da primeira temporada) era algo que se poderia arriscar.
E o interessante é que o coquetel regado a possessão demoníaca, cientista louco, alienígenas, monstros, freiras sádicas e um serial killer, numa história que se passa na década de 60, funcionou muito bem. Não deixaram pontas soltas no final, alguns personagens se foram mais cedo do que eu esperava, uma prova de que os roteiristas sabiam o que estavam fazendo, e o episódio final foi tranquilizador, com utilização de ângulos de câmera bem estranhos e de diferentes tipos de fotografia..
A primeira metade da temporada é uma sucessão de estados de perturbação mental, onde o mal sempre vence e o espectador não recebe trégua. Quando achamos que determinado personagem vai conseguir sair do manicômio, por exemplo, alguma coisa pior acontece. É o caso de quando o psiquiatra vivido por Zachary Quinto diz que vai libertar a repórter Lana Winters (Sarah Paulson), quando na verdade ele é o serial killer Bloody Face, um cara que sequestra as vítimas e retira a pele delas.
Sarah Paulson, aliás, está muito bem, assim como Jessica Lange, que aqui aparece no papel da freira sádica do manicômio. Mas como maldade pouca é bobagem, tem muitos piores que ela no lugar, como o médico nazista vivido por James Cromwell, ou o próprio diabo, na pele da doce freira Mary Eunice (Lily Rabe). Inclusive, as cenas de maldade de Lily Rabe vestida de freira são bem sensuais, principalmente quando ela tentava fazer sexo ou algo do tipo com alguém de lá. No meio disso tudo, há também Joseph Finnes como o monsenhor que sabe de tudo o que acontece no hospício, mas lava as mãos.
De participação especial, destaque para Chloë Sevigny como uma das detentas. Como ela é uma atriz que já gosta de uma boa polêmica, seu papel é de uma ninfomaníaca. Ela só dura seis episódios e sua participação no final vai remeter a MONSTROS, de Tod Browning. Há também outra homenagem ao clássico de Browning: a Pepper, uma mulher de cabeça pontuda.
No mais, os créditos de abertura mudaram um pouco, mas continuam um show à parte. Vamos ver se os criadores de AMERICAN HORROR STORY terão a mesma sorte na terceira temporada. Sarah Paulson e Evan Peters já confirmaram presença.
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