segunda-feira, outubro 01, 2012
LOOPER – ASSASSINOS DO FUTURO (Looper)
Variação do tema de O EXTERMINADOR DO FUTURO, de James Cameron, e de outros filmes envolvendo viagens no tempo, LOOPER – ASSASSINOS DO FUTURO (2012) é um competente thriller de ficção científica que por lidar com viagens no tempo já é motivo suficiente para darmos uma conferida. Esse tipo de tema desperta o nosso fascínio e já gerou inúmeros filmes interessantes. No caso de LOOPER, o roteiro é original e do próprio diretor, Rian Johnson, que conta agora com um filme de grande visibilidade, depois de dois trabalhos menores que saíram direto em home vídeo aqui no Brasil: A PONTA DE UM CRIME (2005) e VIGARISTAS (2008). Em ambos os filme, Joseph Gordon-Levitt também esteve presente. Mas é com LOOPER que o cineasta conquista espaço no primeiro time de Hollywood.
A premissa é muito boa: em 2044, a máquina do tempo não havia sido inventada ainda, mas seria em alguns anos. Como no futuro, por algum motivo, é impossível desaparecer com o corpo de uma pessoa, uma organização secreta e criminosa envia o desafeto para o ano em que se passa o filme. Há, inclusive, um local e uma hora exata específicos em que o corpo aparecerá amarrado e pronto para ser executado por um looper, que é como é chamada essa pessoa que mata e dá sumiço no corpo que vem do futuro. Em troca, os loopers ganham barras de prata, que trocam por dinheiro e podem viver uma vida confortável, num mundo cheio de mendigos nas ruas. Nota-se que é mais um filme a ver o futuro como uma distopia.
Joseph Gordon-Levitt é um looper. Tem a sua rotina de vida e essa rotina é bastante enfatizada na primeira parte do filme. As coisas começam a complicar para ele quando um amigo, também looper, procura abrigo em sua casa por ter deixado escapar a sua versão de si do futuro. Inclusive, logo após essa sequência, o filme apresenta um de seus momentos mais violentamente perturbadores. E como já deve saber quem viu o trailer, Joe, o personagem de Gordon-Levitt, também encarará a si mesmo vindo do futuro, na figura de Bruce Willis.
O trabalho de tornar o rosto de Gordon-Levitt e Willis parecidos é muito bom. Até o sorriso de Willis, é incorporado. O jovem ator teve o seu rosto modificado com próteses e maquiagem para ficar semelhante a Willis. Mas o melhor do filme nem é esse detalhe, mas o desenvolvimento da história, que não fica nesse jogo de gato e rato. Na verdade, LOOPER se torna ainda mais interessante quando entra em cena a personagem de Emily Blunt, que mora numa casa afastada da cidade. Não dá para dizer mais muita coisa, sob o risco de entregar algumas surpresas. Mas dá para adiantar que Emily Blunt fornece mais humanidade ao filme, elevando-o também no aspecto dramático.
Assim, podemos parabenizar o cineasta Rian Johnson, que conseguiu fazer um trabalho bem satisfatório, sem ter que recorrer a uma adaptação de um livro. Recorre apenas à sua imaginação e, claro, às influências de tantos outros filmes e livros de ficção científica que trataram do tema da viagem no tempo.
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