segunda-feira, outubro 22, 2012

DREDD 3D



A nova adaptação dos quadrinhos do herói justiceiro Juiz Dredd, que em 1995 ganhou uma adaptação estrelada por Sylvester Stallone, foi muito bem sucedida. Pelo menos do ponto de vista artístico, já que o filme, uma produção Reino Unido-Estados Unidos-Índia, não obteve o sucesso comercial pretendido, mesmo tendo sido filmado em 3D, o que geralmente ajuda nas receitas.

O que é uma pena, pois DREDD 3D (2012) traz uma das melhores utilizações da tecnologia em três dimensões que se pôde ver até o momento. Assim, poucos puderam conferir o filme enquanto ele esteve em cartaz. O fracasso comercial talvez se deva à falta de popularidade do personagem, bem como de uma maior divulgação. O fato de não ter também nenhum astro famoso contribui. Há também o fato de o filme ter recebido aqui classificação indicativa 18 anos.

Na trama, o Juiz Dredd (Karl Urban, que nunca tira o capacete) é um dos vários juízes que operam num futuro distópico, onde a maioria das pessoas vive em situação de miséria. Atualmente eles têm que enfrentar um grupo que opera com uma nova droga, a slo-mo, que faz com que o usuário veja tudo como em câmera lenta. Um dos sujeitos que foi assassinado pela máfia do filme foi jogado do alto do prédio logo depois de ter tomado a droga. Logo, a queda para ele foi como se tivesse durado uma eternidade. A máfia é chefiada pela Ma-Ma, vivida por Lena Headey, mais conhecida como a perversa Cersei Lannister de GAME OF THRONES.

Dredd é incumbido de treinar a jovem Cassandra Anderson (Olivia Thirlby), que tem a habilidade de ler pensamentos. O que ele não gosta é da ideia de ir logo para um local bastante perigoso de uma cidade que por si só já é perigosa, uma espécie de favela vertical de 200 andares, comandada pela Ma-Ma. E é lá que se passa a maior parte da trama.

A violência do filme é bem gráfica e impactante e isso ajuda a tornar a trama mais interessante e envolvente. Uma das qualidades de DREDD é ir direto ao ponto. O filme não perde muito tempo com prólogos, apresentações ou introduções. Os personagens são apresentados bem rapidamente e a ação se não é tão rápida é porque há também a intenção de se criar um clima quase de film noir, com uma fotografia bastante escura. Vale a experiência.

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