terça-feira, maio 15, 2012
BATTLESHIP – A BATALHA DOS MARES (Battleship)
A expectativa em torno de BATTLESHIP – A BATALHA DOS MARES (2012) já era baixa. E o filme ainda consegue mostrar que tudo pode piorar quando a intenção dos executivos de Hollywood é só empurrar mais uma produção barulhenta e sem alma para um público pouco exigente. Ou que eles acreditam ser pouco exigente. Com um gordo orçamento de 200 milhões de dólares, o filme de Peter Berg tem apostado nas referências a TRANSFORMERS para atrair a audiência. E, por incrível que pareça, BATTLESHIP consegue ser pior do que os dois primeiros filmes dos carros-robôs gigantes.
Outra esperança depositada estava na presença de Liam Neeson, ator de prestígio que já deu dignidade a muitas produções de ação. Mas no caso de BATTLESHIP, além de seu papel ser pequeno, é ridículo, como tudo nesta produção. Pelo menos, antes de o filme partir para a ação e os alienígenas genéricos aparecerem no mar, há o interesse amoroso do protagonista (Taylor Kitsch), que aparece no bar no dia de seu aniversário, celebrado com o irmão, da Marinha dos EUA (Alexander Skarsgård). A tal moça é a bela Brooklyn Decker, que poderá ser vista no elenco da comédia O QUE ESPERAR QUANDO VOCÊ ESTÁ ESPERANDO. Como se vê, é um time de jovens atores em que Hollywood tem apostado. Taylor Kitsch começou logo com um grande fracasso de bilheteria, JOHN CARTER, e se BATTLESHIP naufragar também, o ator pode ganhar a fama de "pé frio".
A trama, baseada no jogo Batalha Naval, é bem simples: objetos voadores não-identificados caem em diversas partes do mundo, causando morte e destruição e uma tropa de navios americanos procura lutar contra a ameaça. O filme logo deixa de mostrar os problemas dos outros países (quem liga pra eles, não é?) e foca no que acontece no mar, especialmente no navio em que está o tenente Alex Hopper, o personagem de Kitsch, que pretende encarar de frente a ameaça desconhecida. Depois de mostrar os efeitos especiais à TRANSFORMERS e muito barulho, em certo momento, chega a hora de vermos o visual dos aliens feiosos. Entre uma cena e outra, temos que aguentar as falas monossilábicas e constrangedoras da cantora pop Rihanna, que aqui estreia como "atriz". Ainda assim, por incrível que pareça, pode ser que BATTLESHIP encontre o seu público.