quinta-feira, novembro 18, 2010

MUITA CALMA NESSA HORA



Já em Sampa, depois de uma noite mal dormida num avião apertado da Gol. É impressionante como eles têm a cara de pau de acordar a gente às três ou quatro da manhã pra oferecer batata Ruffles com refrigerante. Eu, com um puta sono, e parecendo um zumbi, derramei os copos de água e refrigerante na minha roupa, mas fui dormir assim mesmo. São Paulo amanheceu com um engarrafamento infernal, mas isso deve ser rotina por aqui. É que eu nunca tinha visto com tal intensidade. Enfim, ao menos cheguei são e salvo e estou aqui tranquilamente tentando escrever para o blog na casa do amigo de fé e irmão camarada Michel.

Por falar em citação musical, vamos fazer logo o link com este MUITA CALMA NESSA HORA (2010), que tem agradado bastante a molecada. Pelo menos, na sessão em que eu estava, o povo ria a valer. Já eu, um pouco mais ranzinza que sou, achei o filme apenas simpático. Pelo menos, o povo está indo ao cinema pra ver filme brasileiro, ainda que esse exemplar não seja essas maravilhas.

No filme, vemos alguma figuras conhecidas do humor televisivo brasileiro, incluindo Sergio Mallandro, que agora voltou à mídia, graças ao programa A FAZENDA. O Marcos Mion é que parece continuar o mesmo, mas não tenho acompanhado a sua carreira. A turma do Hermes e Renato comparece e continua engraçada, mas desde que sairam da MTV e foram obrigados a serem "domesticados" num canal aberto que eles não são mais os mesmos. Aqui eles são apenas coadjuvantes de luxo (ou de lixo) que ajudam a tornar o filme um pouco mais engraçado, na tentativa de conseguir um encontro com a personagem de Gianne Albertoni, que os engana, dizendo ser garota de programa. E a atriz e top model parece que ficou com as piores falas. Afinal, dizer que não tem pressa ao responder que fumar é morrer aos poucos é piada velha e manjada.

Na trama, as três jovens amigas (Gianne Albertoni, Fernanda Souza e Andréia Horta) resolvem fugir de suas rotinas por razões diversas ligadas ao desapontamento com os homens. Aproveitaram que uma delas estava já com uma casa de praia alugada em Búzios para uma lua-de-mel para fazerem aquela viagem. No meio do caminho, encontram figuras curiosas, como uma moça hippie que vai pra lá atrás de conhecer o pai. E há também o divertido Lúcio Mauro Filho, no papel de um fã da banda Chiclete com Banana. Já o pai, o bom e velho Lúcio Mauro, também comparece, em pequenos mas bons momentos.

O modo como o diretor Felipe Joffily constrói o seu filme pro público jovem é claramente esforçado, no sentido de fazer com que a edição seja rápida o bastante para que o público não ache o filme chato em momento algum. E eu até diria que ele cumpre bem o seu papel de entreter. Eu mesmo, que só vi o filme porque a sessão de RED - APOSENTADOS E PERIGOSOS era dublada, e não estava com muita boa vontade, até me diverti em alguns momentos. O negócio é relaxar. Afinal, o filme não tem grandes pretensões mesmo. E mesmo como obra cheia de defeitos, o maior deles é até bom: é fácil de esquecer logo que termina a sessão. Se bem que a imagem de Ellen Roche com uma camisinha na boca pode ficar fixada na memória fotográfica de muito marmanjo, hein.

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